O alto custo da saúde no Brasil
Em 14 de maio de 2008, VEJA destacava em sua capa um problema entre os brasileiros: paga-se muito por um plano de saúde para pouco serviço. O drama segue presente e se tornou motivo para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que deve apurar ilegalidades de operadoras envolvendo, principalmente, idosos e crianças autistas
TBT 14 DE MAIO DE 2008 | “A ciência encontrou a cura para doenças, revolucionou a qualidade de vida de pacientes e aumentou a longevidade da população. Mas está cada vez mais difícil financiar todos esses avanços”, iniciava a matéria de capa de VEJA sobre os imbróglios dos planos de saúde.
“A família Bortman sempre pagou três vezes para assegurar a assistência médica a seus integrantes. Em abril de 2006, um acidente deixou tetraplégica uma das filhas do casal, a estudante Daniela. A família então descobriu que o gasto com saúde não lhe serviu para quase nada. Não houve assistência pública e o seguro privado cobriu apenas parte das despesas, que, da noite para o dia, foram multiplicadas por oito”, seguia a reportagem que contava um drama recorrente entre as famílias brasileiras.
Dezesseis anos depois, a crise com os planos de saúde segue e se tornou pauta do Congresso na última semana. A Câmara dos Deputados se prepara para a abertura de uma CPI para apurar eventuais ilegalidades e falta de transparência no cancelamento unilateral de operadoras de planos de saúde envolvendo, principalmente, idosos e crianças com Transtorno do Espectro Autista.
Em reunião com Arthur Lira nesta terça-feira, 28, Amil e Unimed fecharam um acordo com representantes de planos de saúde envolvidos nessa confusão do cancelamento unilateral de contratos de usuários.
A Secretaria Nacional do Consumidor também notificou 20 operadoras de planos de saúde após constatar um aumento na quantidade de rescisões unilaterais de contratos corporativos.
Se a CPI vai resultar em algo concreto não dá para saber, mas pode, além de levantar uma discussão importante que já se arrasta há anos, inibir abusos contra aqueles que mais precisam de um plano de saúde. Leia mais na coluna de Marcela Rahal na home de VEJA.
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