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A cartilha da ONU para fugir do greenwashing

Grupo de especialistas divulgou um relatório com orientações para a elaboração e divulgação de metas net zero

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 nov 2022, 14h33

Toda a sorte de instituições públicas e privadas entrou na onda de anúncios públicos de compromissos para reduzir ou neutralizar emissões de gases de efeito estufa. A avalanche de informações e de metas apresentadas por atividades de diferentes setores fez com que se tornasse cada vez mais difícil separar o joio do trigo, de identificar o que realmente faz diferença para frear as mudanças climáticas, e o que está distante da realidade necessária para limitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC.

Nesta terça-feira, 8, durante a COP27 em Sharm el-Sheikh, no Egito, o Grupo de Especialistas de Alto Nível (HLEG) nomeado pela ONU — que inclui o ex-ministro Joaquim Levy — lançou um relatório com recomendações para acabar com o greenwashing (quando uma empresa, um produto ou um discurso são apresentados como sustentáveis, ecologicamente corretos, mas, na verdade, não são) nos anúncios feitos sobre o caminho para alcançar o chamado net zero, quando se alcança emissões líquidas zero de gases de efeito estufa.

Os principais pontos do relatório são:

  • Os planos climáticos devem ser de responsabilidade direta de uma empresa ou de uma região e refletir a responsabilidade em agir de sua liderança;
  • Um plano climático tem que ser suficientemente rápido para evitar a liberação de gases de efeito estufa de uma forma que corresponda aos requisitos para limitar o aquecimento da Terra a 1,5 C. Isso significa muito mais ambição a curto prazo (2030 e antes); 
  • A compra de certificados que “compensam” as emissões em vez de reduzir as emissões deve ser poupada para os últimos anos de zero líquido e, se usados, devem ser confiáveis, e de uma fonte insuspeita e verificável. Sem truques usando compensações;
  • Os planos climáticos e relatórios anuais de progresso precisam ter detalhes suficientes para serem verificados por outras partes de forma independente; 
  • Qualquer empresa ou região que estabelece uma meta net zero não pode apoiar a exploração de novos suprimentos de combustíveis fósseis;
  • Qualquer lobby deve ser a favor de uma ação climática positiva, nunca contra a ação climática. A remuneração dos executivos e os gastos de capital devem ser vinculados a planos de emissão zero líquido;
  • As empresas e regiões que utilizam muita terra devem assegurar que, até 2025, qualquer desmatamento seja interrompido; 
  • As empresas e regiões com planos climáticos devem relatar seus progressos efetivamente reduzindo suas emissões, com detalhes e rigor suficientes; 
  • Em um sentido global, net zero não funcionará sem um fluxo de dinheiro suficiente para os países em desenvolvimento. Isto deve ser refletido nos planos das empresas e regiões; 
  • A começar pelos emissores corporativos de alto impacto, os regulamentos e normas precisam ser desenvolvidos e implementados para garantir que as regras básicas da economia sejam projetadas para fazer com que o líquido zero reduza as emissões.
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