Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Antártica perdeu mais gelo do que o imaginado, dizem estudos

Pesquisas sobre o continente austral mostram como estimativas sobre as mudanças na região podem estar defasadas

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 ago 2022, 15h55

As geleiras da Antártica estão perdendo gelo em uma velocidade maior do que se imaginava, de acordo com novos estudos sobre a região. Pesquisas recentes mostraram, a partir de perspectivas diferentes, como o continente austral está ameaçado e pode impactar o restante do planeta.

Uma das principais preocupações com o aquecimento global é o aumento do nível do mar, que pode fazer com que nações e cidades inteiras desapareçam. Por isso, se o derretimento do gelo austral for maior do que o imaginado, outras estimativas a partir deste dado podem estar defasadas.

De acordo com uma análise de imagens de satélite feita pela NASA, a agência espacial norte-americana, a estimativa de perda de plataformas de gelo é o dobro do que se imaginava.

O estudo, publicado na revista científica Nature, mapeou como o desprendimento de icebergs – a quebra do gelo de uma frente de geleira – mudou a costa da Antártica nos últimos 25 anos. A partir desse objetivo, pesquisadores descobriram que a borda do manto de gelo tem gerado icebergs em uma velocidade maior do que a capacidade que o gelo tem de ser substituído. 

Essa descoberta fez dobrar as estimativas anteriores de perda de gelo das plataformas flutuantes da Antártica desde 1997, de 6 trilhões para 12 trilhões de toneladas. Ao mesmo tempo, a tendência fez com que o gelo antártico fluísse mais rapidamente para o oceano, acelerando a taxa de aumento global do nível do mar.

Continua após a publicidade

Outro estudo, publicado na Earth System Science Data, mostrou como o afinamento do gelo da Antártica à medida que a água do oceano derrete se espalhou das bordas externas do continente para o interior, quase dobrando nas partes ocidentais da camada de gelo na década passada. 

De acordo com o autor principal do estudo sobre o desprendimento de icebergs, Chad Greene, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, “a Antártica está desmoronando pelas bordas. Quando as plataformas de gelo diminuem e enfraquecem, as enormes geleiras do continente tendem a acelerar e aumentar a taxa de aumento global do nível do mar”. 

Além disso, um modelo científico desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia da Califórnia, a Caltech, mostrou como seria o efeito de uma estreita corrente oceânica ao longo da costa antártica ao prender a água quente do oceano na base do gelo, fazendo com que ela aqueça e derreta ainda mais.

Continua após a publicidade

Segundo o professor de engenharia e ciência ambiental da Caltech, Andy Thompson, se o mecanismo estudado no laboratório estiver ativo no mundo real, as taxas de derretimento das plataformas de gelo podem ser de 20% a 40% maiores do que as previsões nos modelos climáticos globais, que normalmente não podem simular essas fortes correntes perto da costa da Antártida.

“Há aspectos do sistema climático que ainda estamos descobrindo”, disse Thompson. “À medida que progredimos em nossa capacidade de modelar interações entre o oceano, as plataformas de gelo e a atmosfera, podemos fazer previsões mais precisas e com melhores restrições à incerteza. Talvez precisemos revisar algumas das previsões com relação ao aumento do nível do mar nas próximas décadas ou séculos”, disse.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.