Entre o último domingo, 1°, e segunda-feira, os satélites identificaram 3.432 focos de calor na Amazônia. O marco ultrapassa o pior dia de queimadas neste ano, registrado em 30 de agosto, com 3.224 pontos de incêndio. A intensidade do fogo e as condições climáticas fazem com que a fumaça volte a se espalhar pelo país. Devido à umidade no ar, a fuligem é carregada por corredores chamados de hidrovias aéreas. De acordo com o MetSul Meteorologia, ela alcança o Rio Grande do Sul novamente entre esta terça-feira, 3, e quarta-feira 4.
No estado ainda existe a possibilidade de “chuva preta”, fenômeno que acontece quando a fuligem e outras partículas se misturam e caem em forma de água. Apesar do nome, ela não tem uma cor escura, apenas apresenta altos níveis de poluentes. A chegada da fumaça coincide com a frente fria que entra na região, provocando ainda mais a nebulosidade. Há possibilidade de temporais isolados, com queda de granizo e rajadas de ventos fortes.
A corrente de fuligem avança depois para o Oceano Atlântico e, devido aos efeitos de baixa e alta pressão da atmosfera, volta para o norte, atingindo o Espírito Santo e o Rio de Janeiro. Belo Horizonte já foi afetada e nesta terça-feira, 3, amanheceu com o céu encoberto.