Insper abre programa direcionado à resiliência climática das cidades
Novo núcleo de conhecimento será lançado oficialmente em evento especial com a presença do presidente da COP30

O assunto é urgente. Os impactos das mudanças climáticas já estão aí, mas as cidades ainda não se adaptaram e sofrem com as consequências, contabilizando prejuízos humanos e financeiros. Com o objetivo de ajudar a promover soluções práticas e colaborativas para tornar os centros urbanos brasileiros mais resilientes, o Insper, por meio do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro, lança na próxima terça-feira, 5, lança o programa Cidade +2°C. A ideia é criar um núcleo, cuja a missão é articular governo, academia, empresários e sociedade civil, em torno de políticas públicas, infraestrutura urbana e mecanismos de financiamento voltados à adaptação climática.
A largada para o programa acontece durante evento especial, batizado de “Cidade +2°C: adaptação urbana, risco climático e financiamento em um mundo em aquecimento”. O encontro conta com a participação de personalidades influentes nesta área. Entre eles, André Corrêa do Lago, presidente da COP30, Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, além de personalidades do Insper e outros representantes da sociedade civil. “O contexto atual exige alinhamento e colaboração. As cidades estão na linha de frente da crise climática”, diz Élcio Batista, coordenador do programa.
Alocada no Centro de Estudos da Cidades do Laboratório Arq. Futuro, a iniciativa vai produzir conhecimento, como modelos preditivos, ferramentas digitais, eventos com especialistas e programas e projetos experimentais dentro do tema mudanças climáticas. Mas será um trabalho transversal que envolve diversos departamentos do Insper, começando pelo de arquitetura até o de políticas públicas. Mudanças climáticas e segurança são hoje temas urgentes, que permeiam qualquer discussão sobre desenvolvimento urbano. “A segurança é um assunto que temos tratado no Núcleo de Urbanismo, que já está estruturado, e para as mudanças climáticas, estamos organizando o programa Cidade +2°C”, diz Tomas Alvim, coordenador-geral do Centro de Estudos das Cidades do Laboratório Arq.Futuro.
A produção de novos conhecimentos é fundamental para identificar vulnerabilidades, propor soluções baseadas na ciência, reduzir perdas econômicas e aproximar à sociedade de medidas que podem ser adotadas no cotidiano, ajudando principalmente as comunidades mais vulneráveis. “O maior valor do programa está em mostrar que adaptação climática não é discurso, mas decisão”, diz Alvim. “E que a universidade tem um papel direto em ajudar o paós a se preparar para esse novo tempo.”
Leia:
+https://gutenberg.veja.abril.com.br/brasil/conheca-o-programa-do-governo-federal-que-vai-mobilizar-50-cidades-contra-o-aquecimento-global/
+https://gutenberg.veja.abril.com.br/agenda-verde/como-essas-7-cidades-globais-enfrentam-ondas-extremas-de-calor/