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Megatempestades no Rio Grande do Sul têm digitais do aquecimento global

Brasil enfrenta outono de extremos do clima

Por Ernesto Neves Atualizado em 8 Maio 2024, 14h02 - Publicado em 3 Maio 2024, 09h01
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  • Loja da Havan é engolida pela enchente em Lajeado, a 113 quilômetros de Porto Alegre
    Loja da Havan é engolida pela enchente em Lajeado, a 113 quilômetros de Porto Alegre (Reprodução/Reprodução)

    O Rio Grande do Sul enfrenta a pior tragédia climática de sua história. Nos últimos sete dias, uma série de temporais colocou todo o estado em situação de calamidade pública.

    Segundo a Defesa Civil gaúcha, o número de mortos já chega a 24 e ao menos 21 estão desaparecidos em meio às cheias.

    De acordo com o governador, Eduardo Leite, este deverá ser o “maior desastre da história” do Rio Grande do Sul, ultrapassando os temporais de setembro de 2023, quando 53 pessoas morreram em decorrência da passagem de um ciclone extratropical pela região.

    De acordo com a MetSul, os acumulados de precipitação em municípios do Centro do estado, Serra e Vale do Taquari passam de 500 mm e 600 mm em vários pontos. Isso equivale a cerca de um terço da média anual inteira de chuvas.

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    A chuvarada que não cessa desde o final de abril, explicam meteorologistas, é resultado da combinação de três fenômenos atmosféricos. Mas o componente que a tornou mais mortal, no entanto, é a mudança climática.

    Massa de ar quente cria barreira que mantém nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul
    Massa de ar quente cria barreira que mantém nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul (Reprodução/Reprodução)

    Primeiro, havia uma corrente intensa de vento, conhecida como cavado, sobre o estado. Esse componente, por si só, já deixaria o tempo mais instável e sujeito à formação de pancadas de chuva.

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    Além do cavado, um intenso corredor atmosférico vindo da Amazônia despejou mais umidade sobre o Sul, o que ajudou a engrossar os temporais.

    Por fim, o centro-sul do Brasil enfrenta uma atípica onda de calor neste outono. A massa de ar quente e seco criou um bloqueio atmosférico, o que fez com que as nuvens carregadas permaneçam estacionadas sobre o Rio Grande do Sul.

    Mas é o aquecimento do globo que faz os eventos climáticos extremos tornarem-se cada vez mais intensos e frequentes, como o que se vê no Rio Grande do Sul no momento.

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    Isso porque tanto o oceano quanto a atmosfera estão mais quentes que o normal, fazendo com que aumente a energia para a formação de chuvas. Essa mudança nos padrões atmosféricos deixa os eventos climáticos cada vez mais intensos.

    Relatório da Defesa Civil divulgado na noite deste sábado, 4, contabiliza 55 mortos
    Maior desastre da história do Rio Grande do Sul: ao menos 21 já morreram (Reprodução/Reprodução)

    O desastre climático no Sul também expõe a falta de preparo das cidades brasileiras para a nova era de extremos que se avizinha.

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    Na última quinta-feira (2), a barragem do rio das Antas, uma das principais da Serra Gaúcha se rompeu, piorando a inundação no Vale do Taquari.

    Além disso, o rio Guaíba, que atravessa a capital, Porto Alegre, transbordou às 15h.

    Como resultado, o Guaíba transbordou na região do Cais Mauá por volta das 14h ao atingir a cota de 3 metros. 

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    É a quarta vez desde 1941 que o Guaíba transborda no Centro de Porto Alegre.

    As ocasiões anteriores aconteceram em setembro de 1967, além de setembro e novembro de 2023. 

    Rodovia estadual RSC-287 coberta por enchente no município de Candelária
    Rodovia estadual RSC-287 coberta por enchente no município de Candelária (Reprodução/Reprodução)
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