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Na agenda eleitoral, Amazônia faz parte de propostas e de projeto de lei

Após pressão da sociedade, candidatos incluíram a floresta e propostas de conservação em seus planos de governo

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 set 2022, 16h44

Pela primeira vez, a preservação da Amazônia e a preocupação com as mudanças climáticas fazem parte dos planos de governo dos quatro candidatos que estão mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial de 2022. A temática ainda não é protagonista das campanhas, mas ela passou a ocupar um papel de relativo destaque na corrida eleitoral.

A Amazônia é o principal motivo para o crescimento da agenda ambiental no Brasil. Enquanto as taxas de desmatamento e de queimadas batem recordes ano após ano, a imagem do país no mercado externo se deteriora na mesma proporção. Seja pela preocupação com o bem-estar brasileiro ou com as potenciais perdas econômicas impulsionadas pela má gestão ambiental, a Amazônia se tornou motivo de preocupação política.  

No dia 05 de setembro, o Dia da Amazônia, data instituída por lei em 2007, trouxe à tona preocupações e iniciativas pela conservação do bioma. De acordo com os dados mais recentes do MapBiomas, em 37 anos o bioma perdeu o equivalente a dez vezes todo o estado do Rio de Janeiro. Os primeiros dias de setembro já indicam queimadas intensas em comparação com o mesmo período do ano passado.

Frear a derrubada da floresta exigirá soluções complexas. De acordo com o coordenador do MapBiomas, Tasso Azevendo, “não se trata apenas de implementar ações de comando e controle: o Brasil precisa de políticas públicas e modelos de negócio que compatibilizem a conservação dos biomas com o desenvolvimento do país ao mesmo tempo em que cooperam com o enfrentamento da crise climática”, ressalta.

Para entender melhor os efeitos do aumento da emissão de gases de efeito estufa na floresta, o projeto AmazonFACE, que tem o objetivo de investigar como o aumento de gás carbônico atmosférico afetará a floresta e seus serviços ecossistêmicos, teve a montagem da primeira torre concluída no final de agosto. Quando os equipamentos estiverem instalados, anéis de enriquecimento de CO2 vão medir o impacto da emissão de dióxido de carbono sobre a floresta: uma parte dos anéis receberá o enriquecimento de CO2, e os resultados serão comparados com os de outros que não terão injeção extra de CO2. 

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Outra iniciativa é o projeto de lei Amazônia de Pé, liderado por 180 organizações da sociedade civil, e que prevê “uma lei de iniciativa popular que destina as florestas públicas na Amazônia para proteção dos povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e Unidades de Conservação”. Com o início de um novo governo em vista, o objetivo é apresentar um milhão e meio de fichas de assinaturas para o Congresso no início de 2023. A proposta é destinar 57 milhões de hectares de florestas públicas da Amazônia para os povos que mantêm a vegetação em pé. 

Após o resultado das urnas, o tempo para reconstruir o que já foi destruído será longo. A mudança de percepção sobre a importância da floresta é essencial para construir uma agenda de conservação e proteção dos recursos naturais. Manter a biodiversidade preservada gera benefícios para diferentes setores da economia e para a sociedade como um todo. 

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