O exemplo de restauração no Brasil reconhecido pela ONU
Projetos de restauração foram reconhecidos como referências mundiais
Em Montreal, no Canadá, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) anunciou nesta terça-feira, 13, uma lista com dez projetos que foram declarados como Referência de Restauração Mundial. Entre as iniciativas, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, uma parceria entre Argentina, Brasil e Paraguai, foi selecionado.
Além do reconhecimento pelo PNUMA, os dez projetos vão poder receber financiamento, aconselhamento e promoção apoiados pelas Nações Unidas. Juntos, os dez projetos vencedores têm o objetivo de restaurar mais de 68 milhões de hectares. As ações também podem criar quase 15 milhões de novos empregos.
No caso da iniciativa brasileira, a meta é restaurar 15 milhões de hectares até 2050. O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é uma coalizão multissetorial que reúne mais de 300 organizações. De acordo com a organização, a Rede Trinacional de Restauração da Mata Atlântica é um movimento transfronteiriço que abrange a região do Alto Paraná na Argentina, Brasil e Paraguai, com mais de 60 organizações.
De acordo com Alex Fernando Mendes, secretário executivo do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, “o movimento ajuda a difundir a restauração em larga escala ao mesmo tempo que conecta iniciativas e compartilha conhecimento. Assim, até 2030, teremos 1 milhão de hectares restaurados ou em processo de restauração na Mata Atlântica, atuando de forma descentralizada e na elaboração de documentos de referência”.
Para a diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, “transformar nossa relação com a natureza é a chave para reverter a tríplice crise planetária da mudança climática, da perda da natureza e da biodiversidade, da poluição e do desperdício”.
“Estas 10 iniciativas inaugurais da Restauração Mundial mostram que com vontade política, ciência e colaboração além-fronteiras, podemos alcançar os objetivos da Década de Restauração de Ecossistemas da ONU e forjar um futuro mais sustentável não apenas para o planeta, mas também para aqueles de nós que o chamam de lar”, completou.