Ouça áudio de WhatsApp de criminosos incentivando o assassinato de policiais
Nesta semana, a equipe de Ciência e Tecnologia de VEJA, da qual sou editor, publicou uma reportagem –assinada por Jennifer Ann Thomas – que esmiúça como bandidos usufruem do Facebook e do WhatsApp para planejar suas ações (confira parte do texto aqui; inteiro, na revista). É assombroso notar como o mundo livre da internet serviu de […]
Nesta semana, a equipe de Ciência e Tecnologia de VEJA, da qual sou editor, publicou uma reportagem –assinada por Jennifer Ann Thomas – que esmiúça como bandidos usufruem do Facebook e do WhatsApp para planejar suas ações (confira parte do texto aqui; inteiro, na revista). É assombroso notar como o mundo livre da internet serviu de porta, também, para a manifestação “livre” de uma faceta podre do homem. Claro, uma coisa não cancela a outra. Contudo, é necessário saber que as maravilhas das novas ferramentas online não são utilizadas apenas para fins benéficos.
Os criminosos se aproveitam das proteções – a exemplo da tão falada criptografia de ponta-a-ponta do WhatsApp – desses sites e apps, as mesmas que garantem a privacidade dos demais usuários, para praticar atos ilegais na obscuridade, escondidos da polícia (mais um indício dessa atitude é a forma descarada como estupradores escancararam na internet a barbárie que cometeram no Rio com uma menor de idade).
Afinal, quando um delegado ou um juiz se depara com a necessidade de quebrar o sigilo de algum usuário desses serviços, para dar continuidade a uma investigação – dentre os exemplos da matéria, há casos de traficantes de drogas e de pedófilos –, recebe como resposta da empresa uma negativa. Não aceitam entregar mensagens, posts, e afins, desses criminosos, às autoridades. Na internet, eles podem agir livremente. Em efeito contínuo, eles “agem livremente”.
Uma das provas coletadas pela reportagem (há tantas outras) é esse áudio abaixo, que divulgo com exclusividade neste blog (ele também pode ser ouvido pelo recurso Mobile View, de realidade aumentada, da revista). Do que se trata: dois delinquentes, ligados à facção paulista PCC, discutem como um de seus parceiros morreu em uma troca de tiros com a polícia; na sequência, sugerem que o ideal, nessas situações, é matar os policiais na hora, revidar, se vingar. Ou seja, estimulam o assassinato dos agentes públicos.
Confira:
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Repito, novamente, se trata apenas de uma, de tantas, provas expostas na reportagem de VEJA. Há, ainda, evidências de como traficantes, pedófilos, vendedores ilegais de animais silvestres, resumindo, uma variada sorte de criminosos, atuam na web. Leia, na revista, a história completa.
Em tempo: amanhã, neste mesmo blog, compartilharei mais um áudio assustador proveniente da apuração da reportagem acima citada.
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