A freira de família albanesa Agnes Gonxha (1910-1997), conhecida como Madre Teresa de Calcutá, que atendia doentes terminais em Calcutá, na Índia, ganhou o Nobel da Paz em 1979 e será canonizada pelo Vaticano no dia 4 setembro. Mas sua biografia não é tão limpa como se pensa. Alguns dos seus trechos podem incomodar seus admiradores. São eles (as fontes estão nos links):
Negligência com doentes terminais. Dentro da instituição Missionárias da Caridade, as pessoas ficavam deitadas em colchões no chão o tempo todo, sem acesso a antibióticos e analgésicos. Médicos não eram autorizados a examinar os pacientes para fazer um diagnóstico. Os doentes não podiam ser levados a um hospital para tratamento adequado. Seringas eram usadas em vários doentes e lavadas na torneira.
Sadismo. O atendimento ruim não era uma consequência da falta de dinheiro. A organização de Madre Teresa acumulou centenas de milhões de dólares e abriu unidades em mais de 100 países. A questão é ela nutria uma fascinação pelo sofrimento dos mais humildes. “Eu acho muito bonito para o pobre aceitar o seu destino, dividir isso com a paixão de Cristo. Eu acho que o mundo tem sido muito ajudado pelo sofrimento das pessoas pobres”, disse ela em uma coletiva de imprensa. Em outro momento, ela diz para um paciente terminal: “você está sofrendo como Cristo na cruz, Então Jesus deve estar te beijando”.
Amizades tenebrosas. Madre Teresa visitou a esposa de Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, ditador do Haiti. Sobre o encontro, ela disse que nunca tinha visto pobres tão familiares com o seu chefe de Estado. “Foi uma linda lição para mim”, disse. Estima-se que Baby Doc e seu pai, Papa Doc, tenham desviado 100 milhões de dólares em obras sociais no Haiti.
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Batismos disfarçados. Quando bebês, crianças ou adultos estavam à beira da morte, as freiras e os religiosos os batizavam com discrição. Às vezes, jogando água na testa. A prática revoltou muitos familiares muçulmanos e hindus, que não deram autorização para tal.
Descaso com dinheiro alheio. Madre Teresa recebeu 1 milhão de dólares do americano Charles Keating, que foi condenado por montar um esquema fraudulento para se apropriar do dinheiro de pequenos investidores nos Estados Unidos. Em seu julgamento, Madre Teresa mandou uma carta ao juiz pedindo clemência. O promotor enviou uma carta a ela solicitando que ela devolvesse o dinheiro das doações, pois esse tinha sido obtido de maneira fraudulenta. Não recebeu resposta.