Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Bolsonaro nada aprendeu, mas nada esqueceu

Amanhã será outro dia

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 19h42 - Publicado em 26 Maio 2019, 07h00

Dê no que der as manifestações bolsonaristas marcadas para hoje, o Congresso não se deixará abater por elas. Muito menos o Supremo Tribunal Federal, alvos preferenciais dos que desejam governar com braço forte e a salvo das restrições próprias da democracia.

O presidente Jair Bolsonaro pode contar com muito apoio nas redes sociais que o ajudaram a se eleger, mas não foram elas que mais pesaram para o milagre registrado em outubro último. Pesou o efeito facada. E pesou, e muito, a rejeição ao PT e ao seu chefe preso.

As pesquisas de avaliação do governo feitas de janeiro passado para cá mostram que uma parte dos eleitores de Bolsonaro começa a debandar de suas fileiras. Cresce o número daqueles que o culpam pela desalentadora situação econômica do país que só faz se agravar.

Os donos do dinheiro querem as reformas, mas já concluíram que elas dependem pouco de um governo amador, estabanado, sem projeto para o país, e que aposta invariavelmente em conflitos. Elas dependem do Congresso onde o governo carece de maioria.

Continua após a publicidade

A parte mais poderosa e influente da mídia é hostil a um governo que lhe devota desprezo e que só deseja manietá-la. Não há sinais no horizonte de que Bolsonaro planeje se reinventar, convertendo-se em um presidente normal e capaz de compartilhar o poder.

Se ele pensa que o eventual fracasso do seu governo causará uma convulsão social que se reverterá ao seu favor, arrisca-se a se frustrar ou a colher um impeachment. Dilma não caiu por causa das pedaladas fiscais, mas porque perdeu as condições para governar.

No parlamentarismo, um governo fracassado é substituído por um governo novo. E segue a vida. No presidencialismo, troca-se de presidente em meio a uma crise de grandes proporções. Dois foram embora assim (Collor e Dilma). Quase foi embora outro (Temer).

Continua após a publicidade

Foi Bolsonaro que acendeu o pavio para animar seus seguidores a saírem às ruas em seu socorro. Procedeu como de costume – compartilhando um texto apócrifo nas redes sociais que dizia que o país é ingovernável com o Congresso e a Justiça que tem.

Não se deu conta de que por causa disso poderia ser alvo de um processo de impeachment. É crime de responsabilidade, segundo a Constituição, atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados.

Alertado por assessores, recuou. Passou a dizer que não haveria lugar nas manifestações para os que defendem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal – é só o que se verá a partir de logo mais. Se antes cogitara de ir para as ruas, desistiu.

Continua após a publicidade

Amanhã será outro dia. E os desafios de um governo sem rumo e movido a crises continuarão do mesmo tamanho que têm hoje, se não maiores.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.