Sugestão de estender auxílio emergencial ressurge sem anuência de Guedes
Segundo um interlocutor do Congresso, membros da ala política do Executivo estão "tentando plantar a semente" para a prorrogação
Membros da ala política do governo, orientados por assessores com gabinetes no Palácio do Planalto, estão levando e trazendo informações do Congresso sobre a possibilidade de estender o auxílio emergencial até, ao menos, março do ano que vem. “Estão tentando plantar a semente”, disse um interlocutor do Legislativo ao Radar Econômico. Na sexta-feira, 20, por exemplo, emissários do governo foram até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar sobre o assunto. Ouviram um “não” do deputado. Nesta segunda-feira, 23, mais discussões sobre o tema circundam o Planalto. Dizem, os assessores, que está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro a decisão e que deverá ser tomada na semana que vem, após o segundo turno das eleições municipais.
Contudo, as tentativas de reavivar a discussão acontecem sem a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele diz a todos que não há razão para se estender o benefício sem uma severa “segunda onda” de infecções de Covid-19. Diz também que quem sugere isso está mal-intencionado.