Filme refaz viagem de brasileiro que morreu em escalada na África
'Gabriel e a Montanha' recria os últimos setenta dias do economista e pesquisador Gabriel Buchmann, morto em 2009
Estreou nesta quinta-feira o filme Gabriel e a Montanha, que recria a história do economista brasileiro encontrado morto na trilha de escalada no Monte Mulanje, localizado no Malaui. O longa foi vencedor de dois prêmios no Festival de Cannes de 2017 e foi escolhido como melhor filme nacional pela crítica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na quarta-feira.
A trama conta a história dos últimos setenta dias do pesquisador Gabriel Buchmann (João Pedro Zappa). O economista terminaria a sua viagem de aproximadamente um ano pelo mundo no continente africano. Buchmann tinha o objetivo de visitar os países como um morador do local, dormindo em casas de famílias, andando de carona e aproveitando para realizar escaladas. A viagem do brasileiro ganhou repercussão em 2009 após ficar 19 dias desaparecido e seu corpo ser encontrado na trilha. A equipe de resgate do local afirmou que a causa da morte foi hipotermia, depois de ter ficado três dias perdido.
O longa é dirigido pelo amigo de Gabriel, Fellipe Barbosa (Casa Grande, 2014) e foi rodado nos países em que se passa a história — Quênia, Tanzânia, Zâmbia e Malaui. Os personagens que o protagonista encontra pelo caminho são representados pelas próprias pessoas que conheceram Gabriel. A única personagem interpretada por uma atriz foi Cristina Reis (Caroline Abras), namorada do protagonista, que o acompanha em parte da aventura.
Barbosa refez os passos do colega na África duas vezes para a criação de uma produção delicada sobre o pesquisador que procurava diminuir a desigualdade social com a implantação de políticas públicas. A história de Buchmann é retratada além da fatalidade para apresentar uma mensagem de inspiração sobre as diversidades culturais e a celebração da vida.
https://www.youtube.com/watch?v=w9cw1Ntrhqg