Coronavírus: Caiado baixa decreto e fecha quase tudo em Goiás
‘Eu tomo decisões como médico, não como político. Não tenho como negociar com o vírus’, diz o governador ao defender medidas mais duras
Depois de enfrentar bolsonaristas que arriscavam a própria vida e a saúde pública de outras pessoas ao se aglomerarem em Goiânia no domingo, em plena pandemia de coronavírus, Ronaldo Caiado tomou medidas ainda mais duras para conter a contaminação no estado.
Médico por formação, ele interpretou os dados da experiência italiana e constatou que as cidades que agiram de forma mais severa, impondo restrições aos moradores, colheram os melhores resultados no combate ao vírus.
Por causa disso, o governador fechou praticamente toda a atividade não essencial no estado. Aliado de Bolsonaro, o governador ignorou a crítica do presidente sobre “histeria” e prejuízos econômicos.
“Não tenho como negociar com o vírus. Minhas decisões são técnicas e científicas. Eu tomo decisões como médico, não como político”, diz Caiado.
No decreto assinado nesta terça à noite, foram suspensos por 15 dias em Goiás:
Atividades em feiras, inclusive feiras livres;
Atividades em shopping centers, galerias ou polos comerciais de rua;
Atividades em bares e restaurantes, mas serviço de entrega é permitido;
Atividades em cinemas, clubes, academias, boates, teatros, casas de espetáculos e clínicas de estética;
Atividades de saúde bucal/odontológica, pública e privada, exceto aquelas relacionadas ao atendimento de urgências e emergências.
Caiado registrou que todos os estabelecimentos médicos e hospitalares, além dos laboratórios, farmácias, supermercados, distribuidoras de gás e postos de combustíveis continuarão funcionando normalmente.
Sobre o transporte interestadual, Caiado está esperando a posição do governo Bolsonaro. “Se demorar demais, ele vai bancar e vai buscar a Justiça para fechar”, avisa um interlocutor do governador.