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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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10 locais da serra gaúcha que aparecem em ‘O Filme da Minha Vida’

Filme dirigido por Selton Mello, em cartaz há uma semana, foi gravado em seis cidades e usou casas do século XIX, estradas rurais, pontes, rios e ferrovias

Por Paula Sperb
Atualizado em 10 ago 2017, 13h37 - Publicado em 9 ago 2017, 18h49

Em cartaz há uma semana nos cinemas brasileiros, O Filme da Minha Vida, dirigido por Selton Mello, revela locais da serra gaúcha que nem sempre constam dos roteiros turísticos tradicionais. São casas do século XIX, estradas rurais, pontes, rios e ferrovias que serviram de cenário para o filme. Algumas construções foram adaptadas com modificações cenográficas nas fachadas, por exemplo.

O longa se passa em duas cidades fictícias, Remanso e Frontera. Porém, as paisagens pertencem a seis cidades do Rio Grande do Sul: Bento Gonçalves, Cotiporã, Garibaldi, Farroupilha, Monte Belo do Sul e Santa Tereza.

Baseado no livro Um Pai de Cinema, do chileno Antonio Skármeta, o filme narra a história de Tony (Johnny Massaro), um jovem professor que sofre com o abandono repentino do seu pai, o francês Nicolas (Vincent Cassel), no início dos anos 1960.

Para situar os espectadores na geografia do filme, VEJA conversou com a produtora gaúcha Mariana Mêmis Müller, que ajudou a preparar os sets de filmagem. Abaixo, a lista dos locais (reais e fictícios) onde foram filmadas diversas cenas marcantes da produção, que teve direção de fotografia de Walter Carvalho.

1. O trem

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

O trem é presença constante no longa porque conduz os personagens entre as cidades de Remanso e Frontera. O maquinista é interpretado por Rolandro Boldrin. A Maria Fumaça, trem turístico movido a vapor que percorre 23 km entre Carlos Barbosa e Bento Gonçalves, teve um vagão adaptado para o filme. Ali também foi filmada uma cena de O Quatrilho, longa dirigido por Fábio Barreto, que concorreu ao Oscar em 1996. É possível fazer passeios na Maria Fumaça através da Giordani Turismo, que também atende grupos que queiram visitar as locações do filme.

2. Casa do Tony

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

O protagonista mora com a mãe, Sofia (Ondina Castilho). A residência fica em Monte Belo do Sul, cidadezinha de apenas 2.600 habitantes a 104 km de Porto Alegre. Nos fundos da casa, há vista para um amplo vale verde, que aparece em diversas cenas.

3. Colégio

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

Tony ensina francês em uma escola e é professor de Augusto (João Prates), um adolescente curioso. Augusto é irmão mais novo de Petra (Bia Arantes) e Luna (Bruna Linzmeyer), as “irmãs Madeira”. Petra é a “Rainha das Escolas” e ajuda Luna e suas colegas em uma coreografia, que faz parte de uma atividade escolar. A cena da dança foi gravada no pátio da Escola Estadual Santo Antônio, em Garibaldi, e mostra os muros de pedra do pátio.

4. Rio das Pedras

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

Chamado pela produção de Rio das Pedras, o local onde Tony e Luna fazem um autorretrato é, na verdade, o Rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Cotiporã. Na cena, é possível ver a ponte que passa sobre o rio. É ali, nas pedras do leito do rio, que Luna diz uma das suas falas mais populares entre os espectadores: “Sabe o que eu mais gosto no mundo? Imaginar. Não vejo a hora de entrar em férias, que aí eu vou poder imaginar mais.”

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5. Cinema

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(Bananeira Filmes)

O cinema “Roxy”, de Frontera, exibe a película Rio Vermelho, com John Wayne no papel principal. A locação é, na realidade, a casa paroquial do município de Cotiporã, que ganhou uma fachada cenográfica. A cidade tem 4.000 habitantes e fica a 123 km da capital gaúcha. O interior do cinema foi filmado na Casa das Artes, em Bento Gonçalves. É no Roxy que Tony vai ao cinema com Paco (Selton Mello), amigo de seu pai. É também no Roxy que Tony tem um encontro com Luna.

6. Prostíbulo

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

A “casa da luz vermelha” não fica em Remanso, a cidade mais pacata, mas em Frontera, a cidade com lojas e restaurantes. Tony e Paco frequentam o estabelecimento. O autor do livro Um pai de cinema, Antonio Skármeta, faz uma ponta no local como Esteban Coppeta. O prostíbulo é a sede da Associação dos Moradores de Cotiporã. Assim como o cinema Roxy, a construção ganhou uma fachada cenográfica.

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7. Casa do Paco

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

Paco, o criador de porcos e amigo de Nicolas, mora em uma casa de madeira e porão de pedra. A residência fica na Linha 80, no interior do município de Farroupilha. O local é conhecido como “Casa de Bona” e já foi cenário da minissérie Decameron, da Globo.

8. Casa do Nicolas

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

A residência de madeira pintada de azul, onde se passam cenas com Nicolas, o pai de Tony, fica na área rural do município de Garibaldi. A moradia fica à beira de uma estrada de chão.

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9. Restaurante

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

O restaurante onde Tony e Paco tomam sopa e bebem vinho fica na fictícia Frontera. Porém, o local é situado na cidade de Garibaldi. É no restaurante que acontece o divertido diálogo entre os dois personagens. Tony pergunta: “Você pensa em casar? Ter filhos?”. E Paco responde: “Filhos não, porque eu gosto de dormir”.

10. Estrada

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(Bananeira Filmes/Divulgação)

É em uma estrada de chão entre Garibaldi e a pequenina Santa Tereza, de apenas 1.700 habitantes, que Tony, ainda criança, aprende a andar de bicicleta ensinado pelo seu pai, Nicolas. Ao longo de todo o filme, ele se locomove por Remanso de bicicleta.

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