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Porto Alegre terá reforço na segurança para julgamento de Lula

Operação contará com helicóptero, cavalaria, cães e policiamento ostensivo, explica coronel da polícia militar

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 jun 2024, 17h41 - Publicado em 11 jan 2018, 15h06

O dia do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em 24 de janeiro, em Porto Alegre, contará com reforço na segurança da capital gaúcha. Uma operação especial contará com cavalaria, cães, helicópteros, viaturas e policiamento ostensivo. A ação integra órgãos municipais, estaduais e federais como Brigada Militar, a PM gaúcha, Polícia Federal, e Guarda Municipal. A operação é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria Estadual de Segurança.

“A operação é para garantir que o TRF4 e o MPF tenham condições de conduzir o julgamento. Também trabalhamos pensando na segurança da população e dos manifestantes, independentemente da posição política, garantindo que possam se manifestar de forma pacífica. Vamos trabalhar para que todos tenham seus direitos”, disse o coronel Mario Ikeda, subcomandante da Brigada Militar, a VEJA.

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) chegou a pedir ao presidente Michel Temer (PMDB) envio da Força Nacional e do Exército. Porém, somente quem tem autoridade para pedir esse tipo de reforço é o governador.

Policias militares que atuam no interior serão deslocados a capital e policiais que sairiam de férias na segunda quinzena de janeiro estão orientados para adiar a folga para o dia 25, logo após o julgamento. O coronel, porém, não informa quantos policias militares atuarão no dia. “Inicialmente, analisamos as informações dos protestos agendados para dimensionar o tamanho dessas manifestações para então definir o número de policiais envolvidos. Esse número pode ser modificado a qualquer momento”, explica Ikeda.

Alguns dos atos previstos a favor do ex-presidente são organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e pela Frente Brasil Popular (FBP). Porém, grupos que pedem a prisão de Lula também prometem manifestações. Uma vaquinha está arrecadando doações para promover um ato em defesa de Lula. A criadora do financiamento coletivo já foi condenada pelo TRF4 por improbidade administrativa.

Lula é o favorito das pesquisas eleitorais para 2018 e recorre da condenação a nove anos e meio de prisão pelo caso do tríplex do Guarujá. Mesmo que seja condenado novamente em segunda instância, especialistas defendem que Lula possa recorrer em liberdade.

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