Iza: A arte de sobreviver
A cantora carioca, de 30 anos, nem lançou disco este ano, mas precisava? Seu nome foi inescapável na TV, nas redes e em propagandas
Gravações de filmes, séries e novelas suspensas, shows e desfiles de moda cancelados, badalação social zero. Foi dura a vida das celebridades neste 2020 pandêmico. Para se manter à tona, só com determinação, sorte e, claro, uma estrela pessoal indisputável. Nenhuma famosa brasileira reuniu esses atributos com tanto êxito quanto Iza. A cantora carioca, de 30 anos, nem lançou disco este ano, mas precisava? Seu nome foi inescapável na TV, nas redes e em propagandas. Enquanto outros artistas descobriram o ouro das lives, para logo saturá-las, Iza teve o bom senso de fazer apenas uma apresentação virtual, em junho — mas com alguém do porte de Gilberto Gil. As circunstâncias na televisão a ajudaram bastante, é verdade: enquanto as estrelas de novelas foram relegadas unicamente às reprises, ela pôde fazer aparições direto de sua casa nas reapresentações do Música Boa, nas tardes de sábado da Globo. Em outubro, já estava de volta ao posto de jurada do The Voice e, recentemente, comandou o Prêmio Multishow como símbolo da diversidade. O principal: faturou horrores. Foram ao menos quinze campanhas, de cerveja a um grande banco. Formada em publicidade, Iza virou ainda diretora criativa de uma marca de tênis. Ah, sim: no momento, ela grava um novo álbum. Quem segura esta moça em 2021?
Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719