“No samba, não sou o cara da Globo”, diz Marcelo Adnet
Ele estreia no Carnaval de São Paulo como compositor de quatro sambas-enredos em 2021
De mudança de casa no Rio para a chegada da primeira filha, Alice, Marcelo Adnet fala sobre sua estreia no Carnaval de São Paulo, como compositor de quatro sambas-enredos em 2021.
Como nasceu a paixão pelo samba? Sou apaixonado desde pequeno graças a meu pai, que fazia rodas de samba em casa. Ao saber da minha estreia no Carnaval de São Paulo, ele me ligou e disse: “Finalmente você parou com essa bobagem de humor e descobriu a música. Foi para isso que te preparei, meu filho”.
A fama não ajudou a emplacar as músicas? Não. Eu concorri com Dudu Nobre, Sandra de Sá… Faço questão de separar o lado humorista do lado sambista. No samba, não sou o cara da Globo. Quero vencer pela música, não pela fama.
O Ministério Público deu dez dias para a Secom se explicar sobre os tuítes contra sua paródia do secretário da Cultura, Mario Frias. O que achou da decisão? Tanto dinheiro do contribuinte indo para a Secom, e eles se preocupando com mi-mi-mi. Fiz uma sátira respeitosa e sutil, por isso devo ter incomodado o governo. Mas eu vou continuar cuidando do meu gato. Tenho mais que fazer, bicho.
Publicado em VEJA de 14 de outubro de 2020, edição nº 2708