Uma disputa feroz movimenta a casa real italiana desde que Vittorio Emanuele di Savoia, filho do último rei, nomeou sua “amada neta” Vittoria, 17 anos, herdeira do trono, deixando inconformado o rival ramo de Aosta, que herdaria a Coroa na falta de netos homens do avô amoroso (o pai de Vittoria já se considera carta fora da dinastia). No âmago da trama está o controle da venda de títulos de nobreza, fonte de renda dos destronados. A emoção seria maior se alguém na Itália desse a menor bola para a questão, o que não acontece. A monarquia foi abolida há 75 anos. Vittoria mora com a mãe e a irmã em Paris, onde cultiva a carreira de influencer. Moderninha, acha que os italianos “não são muito progressistas”. “Mas vão aprender a ser”, garante.
Publicado em VEJA de 19 de maio de 2021, edição nº 2738