‘Piano Mecânico’: ácida distopia de 1952 explora paranoias ainda atuais
Centrado após uma Terceira Guerra Mundial, romance explora efeitos do controle tecnológico em uma sociedade aparentemente ideal
Imagine um mundo sem guerras, fome e em que o nível de QI define sua posição social. O cenário aparentemente utópico é base deste ácido romance de 1952, que acaba de ganhar nova edição. Após a III Guerra Mundial, os Estados Unidos eliminaram as mazelas sociais e o domínio das máquinas é ilimitado. Mas, ao perceber o outro lado do sistema, o engenheiro Paul Proteus se choca e se transforma. Pautado pelas ansiedades do pós-guerra, o autor americano explora paranoias sobre o controle tecnológico que se revelam deveras vivas no mundo de hoje.