Acusado pela ex-mulher de agressão, assédio sexual e ameaça de morte, o advogado Roberto Caldas foi afastado do escritório em que atuava havia mais de trinta anos em causas trabalhistas e vinculadas aos direitos humanos. A decisão foi tomada na última sexta-feira, um dia após virem à tona as revelações feitas por VEJA.
Em uma tentativa de se desvincular das denúncias que recaem sobre o ex-magistrado, que também acabou perdendo o cargo de juiz na Corte Interamericana de Direitos Humanos, o site do escritório apagou qualquer referência a Caldas. A página específica do advogado, que trazia seu currículo e ressaltava a atuação no tribunal, já está fora do ar. Até mesmo o nome foi alterado: passou de “Roberto Caldas, Mauro Menezes & Advogados” para “Mauro Menezes & Advogados”. Nesta segunda-feira, o conselho de sócios do escritório se reuniu para definir as medidas após a revelação do caso e decidiu excluir o nome do jurista.
Caldas foi um dos fundadores do escritório de advocacia. Especializado em causas trabalhistas, o jurista também é acusado de assédio sexual por duas babás de seus filhos.
Em nota, o escritório reafirma “o compromisso com a adequada representação dos nossos clientes, prestando serviços jurídicos de qualidade como forma de valorização do trabalho, da cidadania, do meio ambiente e dos direitos humanos, dentro de padrões éticos e de justiça social”.
O advogado Mauro Menezes afirmou ainda que o grupo prosseguirá na defesa “intransigente de valores fundamentais de integridade e dignidade da pessoa humana, sob a mais ampla perspectiva moral e de respeito à igualdade de gênero, dentro dos marcos e garantias individuais do Estado Democrático de Direito”.
Confira vídeo com depoimentos exclusivos e áudios das agressões: