Após massacre em Alcaçuz, presídio do RN tem nova rebelião
Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), os presos tentaram derrubar uma parede de concreto para acessar uma área de isolamento
Um dia após a morte de 26 presos na penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, detentos do Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, na capital potiguar, se rebelaram na madrugada desta segunda-feira.
O motim começou por voltas das 3 horas da manhã — 4h horário de Brasília — e, segundo o governo do Estado, a situação já está controlada e não houve fugas nem há informações de feridos. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) afirmou que os presos tentaram derrubar uma parede de concreto do presídio para entrar em uma área de isolamento onde ficam detentos ameaçados de morte, mas não conseguiram.
Segundo a assessoria da Sejuc, todas as unidades prisionais estão em alerta ao longo desta segunda. “A situação continua tensa. Todas as unidades estão em alerta para que possamos evitar novos princípios de confusão. Até mesmo os agentes que estavam de folga foram convocados e estão empenhados nesse trabalho.”
O Grupo de Operações Especiais (GOE), da Policia Militar, entrou no prédio para conter os presos. A rebelião atrasou a revista que seria realizada na manhã desta segunda na Penitenciária de Alcaçuz.
Alcaçuz
A rebelião – resultante de uma briga entre integrantes de facções criminosas rivais que cumprem pena na unidade – aconteceu no pavilhão 4 da penitenciária de Alcaçuz, quando detentos do pavilhão 5, que são mantidos separados, escaparam e deram início ao confronto que matou 26 detentos.
Alguns detentos foram esquartejados e outros carbonizados, o que dificulta o trabalho dos peritos. Os corpos foram recolhidos em um caminhão frigorífico alugado e levados ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) do Rio do Grande do Norte para que seja feita a identificação, que deve começar na segunda-feira com o apoio de legistas do Ceará e da Paraíba, que vão ajudar no trabalho.