O assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Artur Mahmoud, e o presidente da torcida organizada Raça Fla, Alesson Gabão, foram presos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira. A ação é um desdobramento da operação Limpidus, que investiga a distribuição ilegal de ingressos para jogos de times de futebol no Rio de Janeiro, envolvendo diretores dos clubes e das torcidas organizadas.
Também foi preso Leandro Schilling, diretor da Imply, empresa que fabrica os bilhetes que permitem o acesso aos jogos. A suspeita da Polícia Civil é que há um esquema de corrupção envolvendo dirigentes, líderes de torcida e a distribuição de ingressos.
Desviada pelos clubes, parte dos bilhetes seria repassada indevidamente para as torcidas e, a partir daí, distribuídos para cambistas e torcedores vetados por acusações de violência. De acordo com as investigações, outra ilegalidade cometida pelos clubes é o financiamento de torcidas organizadas já punidas com medidas de afastamento.
Na primeira etapa da investigação, há dez dias, Alesson já havia sido conduzido coercitivamente, assim como Felipe Ferraz de Souza, o Fil, da torcida Fúria Jovem, do Botafogo. Outros três diretores de torcida, esses do Fluminense, foram presos preventivamente na primeira fase.
Entre os diretores de clube, o presidente do Flu, Pedro Abad, e o vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Brandão, foram conduzidos coercitivamente, enquanto o vice-presidente de estádios do Botafogo, Anderson Simões, foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência.