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Bolsonaro alinha-se ao regime da escravidão, diz Raquel Dodge

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou trechos de discurso do deputado federal para fundamentar a denúncia por racismo junto ao STF

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 14 abr 2018, 12h53 - Publicado em 14 abr 2018, 12h33
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  • O pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, fala com a imprensa em Curitiba (PR) - 29/03/2018
    Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, fala com a imprensa em Curitiba (PR) - 29/03/2018 (Vagner Rosário/VEJA.com)

    Para fundamentar a denúncia junto ao Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro por racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou 11 trechos do discurso do deputado federal e pré-candidato do PSL à Presidência da República no Clube Hebraica do Rio de Janeiro.

    “Para melhor compreensão do conteúdo e extensão do discurso discriminatório e racista do denunciado, destaco os seguintes trechos de sua manifestação, que caracteriza o que a doutrina denomina de discurso de ódio”, escreveu Raquel, que ainda destacou outras quatro manifestações de Bolsonaro, anteriores ao caso do Clube Hebraica, como quando ele declarou: “Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo.”

    A PGR afirma que Bolsonaro tratou com ‘total menoscabo os integrantes de comunidades quilombolas’ e referiu-se a eles como animais, em uma manifestação que ‘alinha-se ao regime da escravidão, em que negros eram tratados como mera mercadoria, e à ideia de desigualdade entre seres humanos’. Raquel também salienta que, na visão de Bolsonaro, ‘há indivíduos ou povos superiores a outros, tratando quilombolas como seres inferiores.’

    Se condenado, Bolsonaro poderá cumprir pena de reclusão de 1 a 3 anos. A procuradora-geral pede ainda o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos.

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    Procurado pela reportagem na sexta-feira, 13, o deputado disse que não quis ofender ninguém. “Se faz brincadeira hoje em dia, tudo é ódio, tudo é preconceito. Se eu chamo você de quatro olhos, de gordo, não tô ofendendo os gordos do Brasil. Eles querem fazer o que na Alemanha já existe: tipificar o crime de ódio. Pra mim pode ser, e pra você pode não ser”, disse o parlamentar.

    “Tanta coisa importante pro Brasil, pro Judiciário se debruçar e vai ficar em cima de uma brincadeira dessa. É a pessoa que eu fiz a brincadeira que tem de tomar as providências. A vida segue”, comentou o deputado.

    Com Estadão Conteúdo

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