Os investigadores da Operação Lava Jato identificaram que Susana Cabral, ex-mulher do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi beneficiária de valores ilícitos do esquema de desvios de dinheiro público da União e do estado do Rio de Janeiro. Foram identificados pelo menos 275.000 reais em repasses, feitos em dinheiro.
De acordo com documentos produzidos pela investigação, ela era chamada de Susi nas anotações de Carlos Bezerra, considerado o operador responsável pela contabilidade paralela e movimentação financeira do esquema. Há anotações de depósitos de valores na conta bancária da ex-mulher de Cabral, com referência a “Susana brad”. Na contabilidade do grupo, ela tinha o codinome de Manuel ou Manoel. Brad é uma referência ao banco Bradesco.
A investigação agora busca saber o grau de conhecimento que Susana possuía e o seu eventual nível de participação na organização criminosa.
Durante a operação desta quinta-feira, Suzana foi alvo de condução coercitiva, expedido pela Justiça, para explicações. Além dela, o irmão do ex-governador Maurício Cabral, Eduardo Plass e Luiz Arthur Andrade também foram conduzidos coercitivamente.
De acordo com o Ministério Público Federal, a Operação Eficiência investiga a ocultação de mais de 100 milhões de dólares (317 milhões de reais), através de remessas para o exterior. Em apenas um ano, de agosto de 2014 a junho de 2015, a organização criminosa movimentou 39,7 milhões de reais, segundo os procuradores responsáveis pela investigação.