O número de óbitos em consequência das chuvas em São Paulo subiu 310% e chegou a 41 entre 1º de dezembro de 2018 e 5 de abril de 2019, época mais chuvosa na região, segundo a Defesa Civil. No mesmo período do ano anterior, o total de mortes causadas pelas chuvas foi de dez pessoas.
Entre as vítimas do último período chuvoso, 7 foram mortas por raios; 17 por enchente ou inundação; 10 por deslizamento; 4, desabamento; e 3, outros casos. Além da alta no número de mortes, houve um aumento relevante na quantidade de pessoas feridas, que saltou de 6 para 73; de desabrigadas, de 1.415 para 2.030; e de desalojadas, de 2.217 para 6.323.
Tragédia em março
A forte chuva que atingiu a região da Grande São Paulo na madrugada do dia 10 de março até o dia seguinte deixou 13 mortos. Uma criança de 9 anos morreu soterrada no Parque São Rafael, na zona leste paulistana. Houve também um afogamento na avenida do Estado, próxima ao Rio Tamanduateí, que transbordou, somando duas mortes na capital, onde mais de 1.000 famílias precisaram de atendimento emergencial.
Já em Ribeirão Pires, quatro adultos morreram após o desabamento de uma residência. Em Embu das Artes, um bebê de 1 ano morreu soterrado após um deslizamento de terra atingir a casa onde morava. Três pessoas morreram em São Caetano, duas em Santo André, uma em São Bernardo do Campo, todas por afogamento.
Segundo o governo do Estado, o período de dezembro de 2018 a março deste ano foi o mais chuvoso desde as chuvas registradas em 2010/2011. O governo também informou que foram enviadas 52 toneladas de alimentos e 40.842 itens como kits dormitório, higiene pessoal, limpeza e vestuário para 75 municípios afetados por desastres naturais.