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Com 4 mil famílias, prédios invadidos no centro de SP serão vistoriados

Defesa Civil fará o mapeamento do risco nos cerca de 70 edifícios ocupados nos próximos 45 dias. Nesta terça, prédio pegou fogo e desabou

Por Agência Brasil Atualizado em 1 Maio 2018, 22h41 - Publicado em 1 Maio 2018, 22h41
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  • A Defesa Civil vai vistoriar, nos próximos 45 dias, os cerca de 70 prédios ocupados no centro de São Paulo, que abrigam aproximadamente 4.000 famílias. O anúncio da inspeção foi feito pelo prefeito paulistano, Bruno Covas (PSDB), nesta terça-feira (1), após o incêndio que levou ao desabamento de um edifício de 26 andares no Largo do Paissandu, na madrugada de hoje. O prédio estava ocupado por cerca de 120 famílias. O objetivo da prefeitura com as vistorias é identificar se os imóveis ocupados apresentam riscos.

    “Em alguns casos, nós temos falta de documentação, o que não significa que há iminência de risco, portanto queremos fazer o levantamento para ver em quais a gente precisa atuar em curtíssimo prazo para que eventualidades como essa não aconteçam. A partir do levantamento é que nós vamos estabelecer um plano de ação”, disse Covas.

    Segundo o tucano, neste ano foram feitas seis reuniões entre a Secretaria Municipal de Habitação e moradores do edifício que desabou, com a finalidade de negociar uma desocupação. Bruno Covas afirmou que, na avaliação da prefeitura, o prédio não estava adequado e não tinha as “condições necessárias” para moradia daquelas pessoas.

    No entanto, não havia sido oferecida uma opção de moradia aos ocupantes, somente a possibilidade de recebimento do auxílio-aluguel e inserção das pessoas na fila de programas habitacionais.

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    Atualmente, o deficit habitacional do município de São Paulo é de mais de 360.000 unidades habitacionais. “Isso [negociações] não é por acaso, é porque a gente sabia que aquele não era o local adequado para recebimento daquelas famílias e uma eventualidade poderia acontecer”, disse.

     

    Nesta terça-feira foram cadastradas 118 famílias, um total de 320 pessoas, que moravam no prédio incendiado. Aquelas que não tinham para onde ir foram levadas pela prefeitura ao Núcleo de Convivência Prates e o Centro de Acolhida Pedroso. Segundo a secretaria municipal de Assistência Social, há 107 centros de acolhida na cidade que podem receber os desabrigados.

    O prefeito afirmou que, em até 48 horas, sua gestão vai disponibilizar a lista de cadastrados para que o governo do estado de São Paulo comece a pagar o auxílio-aluguel.

    No entorno do Largo do Paissandu, cinco prédios estão interditados devido ao desabamento.

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