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Com algemas, policiais civis se apresentam em delegacia do RN

A classe teve a paralisação considerada ilegal pela Justiça, que determinou prisão dos militares que incentivarem o movimento

Por Bianca Lemos
Atualizado em 3 jan 2018, 20h50 - Publicado em 3 jan 2018, 13h58
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  • Em paralisação desde o dia 20 de dezembro, policiais civis do Rio Grande do Norte compareceram na manhã desta quarta-feira à Delegacia Geral de Polícia do estado, algemados. Na semana passada, o desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça Estadual determinou a prisão de policiais militares e civis que incentivarem a greve.

    A classe, que ainda não recebeu os salários de novembro, dezembro e o 13º, resolveu, em assembleia realizada na terça-feira, apresentar-se na sede da Polícia Civil, em Natal, e colocar-se à disposição da Justiça, para uma eventual prisão. Embora a paralisação seja tratada como greve pelo estado, o presidente do Sindicato de Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol), Nilton Arruda, discorda da nomenclatura.

    Crise de segurança no Rio Grande do Norte
    Policiais civis do Rio Grande do Norte se apresentam na sede da instituição, em Natal (VEJA/VEJA.com)

    “Nós ressaltamos mais uma vez que os policiais não estão em estado de greve, estão em estado de necessidade. Eles estão cobrando o pagamento dos salários atrasados para que possam ter condições de se alimentar e de se deslocar ao trabalho e, então, exercerem suas atividades normalmente”, justifica.

    Arruda diz ainda que não há previsão de pagamento e que o calendário divulgado pelo governo, que determinava as datas para quitar os débitos, também não foram cumpridos. “É complicado o estado e a Justiça quererem obrigar os servidores a trabalhar com três pagamentos atrasados, sem dinheiro nem para alimentação e transporte”, relata.

    Desde o início dos protestos, apenas delegacias de plantão funcionam no estado. De acordo com o sindicato, cerca de 400 policiais se apresentaram no início da manhã na sede da Delegacia-Geral e permanecem no local. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia civil informou que a delegada-geral recebeu o presidente do Sinpol, representantes da OAB e de outras entidades para resolver a situação e negociar a volta dos policiais.

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