O Museu Nacional, atingido por um incêndio de grande escala neste domingo, convivia há cerca de três anos com orçamento reduzido. A falta de manutenção adequada resultou em exibições canceladas e infestações de cupins, além de um breve período fechado, em 2015, por atraso de pagamentos aos funcionários. Segundo reportagem da rede Globo, em maio deste ano, a instituição deveria receber um repasse anual de 550.000 reais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — o museu, contudo, só vinha recebendo 60% do valor.
A situação levou o Museu Nacional a abrir uma “vaquinha virtual” para levantar recursos e reabrir uma relevante sala de acervo, onde ficava Maxakalisaurus (também conhecido como Dino Prata), o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil, com esqueleto de 13 metros de comprimento.
Sucesso de público quando ficou aberto para visitas, em 2006, o fóssil acabou relegado quando a exibição foi suspensa em 2017, por um ataque de cupins à estrutura de madeira que o sustentava. Dino Prata acabou desmontado e guardado em caixas.
A meta inicial da vaquinha era de 30.000 reais, valor que apenas ajudaria a remontar o esqueleto. O valor ideal seria de 100.000 reais, que agregaria novas peças e enriqueceria o espaço, tornando-o interativo. No final, 58.000 reais foram arrecadados pelo público, que possibilitou a reforma da sala, e Dino Prata volto a ser exposto em julho. Recentemente, um investimento de 21,7 milhões tinha sido aprovado junto ao BNDES para a restauração do Museu Nacional.
Confira abaixo o vídeo produzido para a arrecadação do valor: