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Comunidade terapêutica ilegal mantinha 62 pessoas em cárcere privado no Rio

VEJA já investigou atuação de instituições religiosas de reabilitação no Brasil

Por Duda Monteiro de Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jun 2025, 16h12

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira, 12, 11 pessoas acusadas de manter 62 indivíduos em cárcere privado em uma comunidade terapêutica irregular no bairro Santa Cândida, em Itaguaí, na baixada fluminense. A ação contou com o apoio do Ministério Público local e revelou condições degradantes no local.

Segundo as investigações, os internos eram submetidos a condições insalubres e impedidos de deixar o local. Testemunhas relataram que tentativas de fuga resultavam em punições severas, incluindo agressões físicas, privação de alimentos e restrição de visitas familiares. O caso veio à tona após a morte de um paciente em outubro de 2024, que foi levado ao Hospital Municipal São Francisco Xavier com pneumonia avançada.

A chamada Comunidade Terapêutica Recomeçar funcionava de forma irregular. A polícia descobriu que mesmo pacientes que pagavam pelo tratamento de dependência química eram mantidos no local contra a vontade e sofriam diversos tipos de abuso.

Durante a operação, foram presos em flagrante dois administradores e nove monitores da clínica. Todos responderão pelos crimes de sequestro, cárcere privado e associação criminosa. As vítimas foram resgatadas e encaminhadas para atendimento médico e psicossocial.

A discussão sobre comunidades terapêuticas no Brasil

Como VEJA revelou em sua edição de 9 de fevereiro 2024, uma investigação sobre comunidades terapêuticas expôs graves contradições no modelo majoritariamente religioso adotado por essas instituições: enquanto o governo federal destinou R$ 237 milhões a 587 comunidades habilitadas – superando os recursos para a rede psicossocial do SUS -, a reportagem encontrou relatos de métodos questionáveis como “laborterapia”, sistemas punitivos de pontuação e até casos de violência, contrastando com a escassa assistência médica e psicológica. A matéria destacou ainda o dilema entre o modelo de isolamento predominante nessas comunidades (75% vinculadas a igrejas) e as evidências científicas que privilegiam tratamentos em liberdade, como os oferecidos pelos CAPS.

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Leia mais em: https://gutenberg.veja.abril.com.br/brasil/comunidades-terapeuticas-com-fundos-publicos-priorizam-fe-sobre-ciencia/

 

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