Contra pichação, Doria quer 2,5 mil câmeras e multa de R$ 50 mil
Batizado de City Câmeras, parceria com Guarda Civil e PM prevê 10 mil equipamentos para vigiar monumentos e prédios públicos; 41 pichadores já foram detidos
Em mais uma ação de combate aos pichadores, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira a instalação de 2,5 mil câmeras ainda neste ano para fiscalizar, principalmente, monumentos da cidade. Escolas e postos de saúde municipais e estaduais, além de grandes vias e pontes, também serão contempladas pelo monitoramento eletrônico.
Chamado City Câmeras, o programa é uma parceria entre a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar. Até o fim da gestão, o prefeito prometeu implementar um total de 10 mil câmeras.
Além da fiscalização em vídeo, Doria anunciou multa de R$ 50 mil para quem for flagrado pichando monumentos. Aos pichadores de muros públicos e privados, será cobrada multa de R$ 5 mil. O valor dobrará em caso de reincidência.
No primeiro mês da gestão Doria, a prefeitura informou ter detido 41 pichadores, contra os quais serão movidas ações civis públicas. A Secretaria de Estado da Segurança Pública, porém, fala em 33.
Nesta quarta-feira, o tucano se reúne com o Comando de Operações da Polícia Militar (Copom) pela quarta vez para definir os pontos que receberão o monitoramento. “A cada ano vamos multiplicando, até chegar a 10 mil câmeras em áreas estratégicas da cidade, todas elas integradas ao Copom e ao sistema Detecta, que é administrado pela PM”, disse Doria.
Na tarde desta quarta, o prefeito vai discutir a lei para punir pichadores na Câmara dos Vereadores, que reiniciou os trabalhos. “Vou à Câmara hoje também para debater a nova lei que será colocada em votação já na próxima semana. Os pichadores terão multa de R$ 5 mil para cada muro ou cada próprio privado ou público que for pichado. Se for um monumento, ainda terão mais R$ 50 mil. Se for reincidente, multa de R$ 10 mil”, explicou.
(Com Estadão Conteúdo)