Covid 19: As capitais em melhor situação no enfrentamento da doença
Enquanto São Paulo mostra redução no ritmo de mortes e o Rio registra queda de novos casos, Goiânia e Palmas convivem com aumento nos óbitos
De projeções continentais, o Brasil abarca cenários muito distintos da evolução do coronavírus. Um exemplo disso são as capitais. Catorze delas apresentam números estáveis ou em queda com relação ao número de casos. Porto Alegre, Macapá, Belém, Rio Branco, Aracaju, Fortaleza e Rio de Janeiro apresentam redução no ritmo de propagação da doença. Curitiba, Boa Vista, Maceió, São Luís, Natal, Vitória e Belo Horizonte se mantém estáveis. Enquanto isso, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Porto Velho, Palmas, Manaus, Teresina, Salvador, João Pessoa, Recife e São Paulo têm cenários de aceleração do número de casos.
Na evolução de mortes provocadas pela doença, apenas nove capitais apresentam uma curva crescente. Outras dez mostram tendência de baixa e as demais se mostram estáveis por esse indicador. Brasília, Goiânia, Campo Grande, Porto Alegre, Rio Branco, Palmas, Maceió, Salvador e Natal são as cidades com tendência de alta nos óbitos causados pela doença, enquanto as mortes têm redução em Cuiabá, Macapá, Belém, Manaus, Teresina, Fortaleza, São Luís, Recife, São Paulo e Vitória. Florianópolis, Curitiba, Porto Velho, Boa Vista, Aracaju, João Pessoa, Rio de Janeiro e Belo Horizonte permanecem estáveis, sem diferenças maiores que 15% em relação à semana passada, critério definido pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz.
Em Belém, capital do Pará, a média móvel de mortes caiu 155% em relação ao registrado no dia 19 de julho, enquanto os registros de novos casos recuaram em 43%. Na capital do Tocantins, Palmas, o número de casos mostra tendência de alta, com avanço de 62,8%, e a triste marca de uma aceleração de 433% no número de novos casos. Cenários como o de São Paulo chamam a atenção. Apesar de acelerar em 55,8% o número de novas infecções pelo coronavírus nos últimos 14 dias, a cidade registra queda de 27,2% no número de mortos no mesmo período. No Rio de Janeiro, o número de novos casos recuou mais de 20%, enquanto os óbitos permaneceram em estabilidade.
Capital de Goiás, Goiânia registra aumento expressivo no número de casos, de 541,1%, apesar do crescimento da doença se dar mais lentamente do que na última comparação. Em São Luis, capital do Maranhão, os casos evoluíram sem mostrar aceleração ou redução, e os óbitos registram baixa de 68,4%. Em Macapá, capital do Amapá, a doença também parece arrefecer, com queda de 75,4% no número de novos casos registrados e de 57,5% nos óbitos em relação aos dados compilados há duas semanas.
A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nas últimas duas semanas, dividida por 14, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana. O valor final, comparado com as últimas semanas e meses, permite uma análise mais apurada do ritmo de alastro da doença no país. No total, o Brasil registra mais de 94 mil óbitos e 2,7 milhões de casos.
Reportagem de VEJA destrincha a tendência de novos casos e mortes por região e estados. Confira a média móvel da pandemia da Covid-19 no Brasil: