A crise na segurança pública no Espírito Santo chega nesta quinta-feira ao sexto dia e a população permanece insegura, apesar da cidade se mostrar mais movimentada. Os ônibus voltaram a circular pela manhã com frota reduzida e intervalos de uma hora, mas após o assassinato do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Guarapari, Wallace Barão, a circulação voltou a ser suspensa.
Nesta quinta-feira, mais 650 homens do Exército e da Força Nacional devem chegar ao Estado, elevando o contingente para 1.850 militares enviados pelo governo federal. O governo do Estado informou que são necessários pelo menos 2.000 homens para fazer a segurança em todo o Espírito Santo.
As aulas seguem suspensas, o comércio e órgãos públicos funcionam parcialmente. Mesmo com o reforço na segurança, o patrulhamento nas ruas é considerado pequeno.
Até a tarde desta quarta, o Sindicado dos Policiais Civis (Sindipol/ES) confirmava 95 mortes no Estado. O governo não confirma os números e não divulgou nenhum levantamento dos homicídios desde que a greve da Polícia Militar teve início no último sábado.
Ainda nesta quinta, a Polícia Civil vai realizar assembleia para avaliar a possibilidade de também entrar em greve. O ato está marcado para as 15 horas, em Vitória. Nesta quarta, os policiais realizaram homenagens ao policial civil Mário Marcelo Albuquerque, conhecido como Marcelinho do DHPP, que foi morto a tiros nesta terça ao tentar evitar um assalto em Colatina, no interior do Estado.