Crivella toma posse e diz que ‘é proibido gastar’
Novo prefeito do Rio de Janeiro cortou secretarias e cargos comissionados
“É proibido gastar”. Com essas palavras de ordem, Marcelo Crivella, do PRB, tomou posse na manhã deste domingo como prefeito do Rio de Janeiro. Na sessão realizada na Câmara Municipal, também foram empossados os 51 vereadores eleitos – 18 deles novatos na Casa.
Crivella tentou pontuar seu discurso com a promessa de desempenhar uma administração austera com os gastos públicos diante da crise financeira do Rio e do país. “O Brasil e o Rio de Janeiro estão em crise. É tempo de cautela”, disse. Antes da posse, o novo prefeito publicou 78 decretos no Diário Oficial, incluindo o corte de metade dos cargos comissionados.
Ligado à igreja Universal do Reino de Deus, ele também agradeceu aos votos de “90% dos evangélicos” da cidade.
Crivella foi eleito após derrotar no segundo turno o deputado estadual Marcelo Freixo, do Psol. O desempenho de Freixo ajudou a ampliar a bancada do seu partido, que terá seis vereadores de oposição à gestão do novo prefeito.
A maior bancada da Câmara Municipal será a do PMDB (dez cadeiras), partido cujo candidatura à prefeitura, encabeçada por Pedro Paulo, apoiado pelo agora ex-prefeito Eduardo Paes, naufragou no primeiro turno. A Câmara será comandada pelo vereador peemedebista Jorge Felippe. Em sua fala neste domingo, Crivella fez questão de citar a bancada da sigla, numa tentativa de aproximação. O real tamanho de sua base parlamentar, composta majoritariamente pelos votos do chamado “centrão”, ainda é incerto.
Na tarde deste domingo, Crivella receberá o cargo de Eduardo Paes e, em seguida, comandará a cerimônia de posse do seu secretariado.