Crivella vira réu por suposto benefício a líderes evangélicos
Justiça do Rio aceitou denúncia do Ministério Público, que acusa o prefeito do Rio de ter oferecido ajuda a pessoas da igreja em encontro na sede do governo
A Justiça do Rio de Janeiro acatou denúncia do Ministério Público (MP) e tornou o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (PRB), réu por suposto crime de improbidade administrativa. Se for considerado culpado, o prefeito poderá ter seus direitos políticos suspensos.
A decisão é do juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital e diz respeito a uma ação movida em julho pelo Ministério Público. O motivo foi uma reunião de líderes evangélicos no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, no dia 4 daquele mês. No encontro, Crivella teria oferecido auxílio em cirurgias de cataratas e varizes para fiéis e assistência a pastores que tivessem problemas de IPTU em seus templos. Além disso, exaltou o pré-candidato a deputado federal pelo PRB Rubens Teixeira.
Ainda em julho, a 7ª Vara de Fazenda Pública da Capital já havia proibido, em caráter liminar, que Marcelo Crivella ou outros servidores públicos municipais privilegiassem determinadas categorias ou utilizassem a máquina pública para benefício pessoal ou de grupos religiosos. Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, também ficou impossibilitado de utilizar espaços públicos para discursos religiosos.
Procurada, a assessoria do prefeito informou que “a decisão da 7ª Vara de Fazenda Pública configura um rito processual comum, que será respondido no prazo legal” e acrescentou que “o prefeito Marcelo Crivella recebeu com tranquilidade a notícia”.
(Com o Estadão)