Em visita à muralha da China, após reunião com executivos do Banco da China e de pessoas ligadas à empresa de tecnologia Lenovo, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 24, que o aumento de impostos sobre os combustíveis, anunciado na última sexta-feira, vai impactar no valor da tarifa de ônibus na capital. Doria disse ainda que pediu por meio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que o governo Temer (PMDB) recue da proposta, ao menos do diesel.
“Pouca gente prestou atenção que esse aumento impacta o diesel, e o diesel impacta o custo operacional do transporte público. Vai pressionar a maioria das prefeituras. Elas têm contrato (com as empresas) e, nos contratos, está estabelecido o reembolso.”, disse Doria. “Já pedimos estudos para nossa Secretaria da Fazenda para avaliar os impactos”, afirmou.
O prefeito diz já ter perdido estudos para a Secretaria da Fazenda avaliar as consequências, mas não apontou caminhos que a Prefeitura pode seguir para contornar o problema.
“Houve um pedido que está sendo encaminhado pela Frente à Presidência da República para que possa ser reavaliado a inclusão desses dois impostos sobre o diesel”, afirmou. “Ao excluir o diesel, você exclui a frota de ônibus.”
Doria, que garantiu que a tarifa de ônibus não sofrerá aumentos até dezembro, disse que “ao excluir o diesel (desses impostos), você exclui a frota de ônibus”.
No caso da capital, os recursos do orçamento para custear a tarifa de ônibus para este ano já foram consumidos, e ainda havia previsão de se gastar mais R$ 1 bilhão antes do aumento.
Nesta tarde, manhã de segunda-feira no Brasil, o prefeito ainda visita um fundo de investimentos chinês.
(Com Estadão Conteúdo)
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