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Empresa dona do helicóptero que levava Boechat não podia fazer táxi-aéreo

Segundo a Anac, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda tinha permissão para fazer apenas serviços de aerofotografia, aerorreportagem e aerocinematografia

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 fev 2019, 19h41 - Publicado em 11 fev 2019, 19h17

A empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda., dona do helicóptero que caiu nesta segunda-feira, 11, com o jornalista Ricardo Boechat, não tinha permissão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para prestar o serviço de táxi-aéreo. Morreram no acidente Boechat e o piloto, Ronaldo Quattrucci, sócio da empresa e da aeronave, que colidiu com um caminhão, caiu e explodiu na Rodovia Anhanguera, próximo ao quilômetro 7 do Rodoanel, em São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 12 horas desta segunda.

De acordo com a Anac, a RQ Serviços Aéreos Especializados tinha autorização para prestar os serviços de aerofotografia, aerorreportagem e aerocinematografia, “entre outros do mesmo ramo”. Assim, seria permitido, por exemplo, que passageiros com câmeras estivessem a bordo das aeronaves da empresa para executar tais serviços, mas era proibido que se cobrasse para fazer as viagens.

“Qualquer outra atividade remunerada fora das mencionadas não poderia ser prestada”, diz a agência por meio de nota. A Anac informa ainda que “abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava sendo realizado no momento do acidente”.

O helicóptero que levava Ricardo Boechat, um Bell de matrícula PT-HPG, retornava de Campinas, onde o jornalista havia feito uma palestra em encontro da Libbs, empresa farmacêutica, na manhã desta segunda. Além da aeronave que caiu, a frota da RQ Serviços Aéreos Especializados tem mais dois helicópteros. 

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Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o helicóptero que caiu com Boechat tinha documentação dentro da validade e o certificado de aeronavegabilidade (CA) da aeronave venceria em maio de 2023. A inspeção anual de manutenção (IAM) precisaria ser feita novamente apenas no dia 16 de maio de 2019.

As causas do acidente ainda são desconhecidas e serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), que informou estar realizando a ação inicial da ocorrência, começo do processo de investigação.

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