Estudante agredido por PM melhora e não corre mais risco de vida
Segundo boletim médico, Mateus Ferreira da Silva continua em estado grave, mas estável. Ele foi golpeado na cabeça por um PM durante um protesto de sexta

O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, que foi golpeado violentamente na cabeça por um policial militar em uma manifestação durante a greve geral, no centro de Goiânia, apresentou melhora clínica e não corre mais risco de vida. A informação foi divulgada nesta terça-feira no último boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde ele está internado desde a última sexta-feira.
Segundo a nota, o estudante de ciências sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) está “evoluindo com melhora clínica, estável na parte respiratória e com pressão normal”. Nesta terça, foi retirada a sedação e iniciou-se o processo para desligar o respirador. Apesar do quadro estável, ele ainda se encontra em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital.
Silva participava de uma manifestação organizada por centrais sindicais e movimentos de esquerda contra as reformas previdenciária e trabalhista na Praça Bandeirante, no centro de Goiânia. O ato acabou degenerando em confronto entre a Polícia Militar e mascarados. Durante a confusão, o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia, agrediu o estudante com um violento golpe de cassetete na cabeça. Ele segurava a arma com as duas mãos e não socorreu o estudante, que sofreu traumatismo cranianoencefálico e múltiplas fraturas.
O exato momento da agressão foi filmado por um cinegrafista amador e o vídeo viralizou nas redes sociais. Diante da repercussão, o capitão da PM foi afastado das ruas, mas continua exercendo funções administrativas. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
