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Frequentadores relatam arrastão na Avenida Paulista

Ao menos 100 pessoas registraram ocorrências de roubo de celulares no domingo (19), dia em que a via lotou devido às atividades de lazer

Por Mariana Zylberkan
Atualizado em 20 jan 2020, 13h14 - Publicado em 20 jan 2020, 12h59

Frequentadores que aproveitavam a tarde de domingo (19) na Avenida Paulista relataram terem sido vítimas de arrastão na via mais famosa da capital paulista, que estava fechada para o trânsito de veículos.

Estima-se que cerca de 100 pessoas tiveram os celulares roubados, entre outros pertences. A Secretaria de Segurança Pública da gestão do governador João Doria (PSDB) negou ter se tratado de um arrastão. Em nota, afirmou que “criminosos se aproveitaram de uma aglomeração de pessoas na região da Avenida Paulista para furtarem objetos pessoais, em sua maioria aparelhos celulares. Não houve registro de tumultos e nem feridos.” Três homens foram presos e um menor, apreendido, segundo o órgão.

De acordo com moradores da região, os criminosos agiram em bando em ataques coordenados em aglomerações de pessoas que costumam se formar ao longo da via para assistir a shows de música, entre outras atrações.

Para a presidente da associação que reúne moradores e comerciantes da avenida Paulista, Raphaela Galletti, as ações de criminosos têm sido recorrentes na via aos domingos, atraídos pela alta concentração de pessoas que buscam o endereço mais famoso da cidade para momentos de lazer. “O projeto [de fechar a avenida para os carros] foi desvirtuado”, diz Raphaela que cita consumo de álcool e drogas por menores de idade e venda de itens sem fiscalização todos os finais se semana. O caso repercutiu nas redes sociais, onde usuários relataram casos de violência:

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O ponto mais problemático fica na altura do vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), que se torna palco para os chamados rolezinhos, aglomeração de jovens em meio a consumo de álcool e drogas.

Em dezembro de 2018, a Polícia Militar comunicou oficialmente a Prefeitura de São Paulo sobre o aumento de ocorrências policiais no vão livre do Masp aos domingos. No relatório, a PM pediu ao Masp para aumentar a iluminação pública no local, o que não foi concedido por se tratar de um imóvel tombado. No mesmo documento, diante do problema, foi cogitada a possibilidade de a feira de antiguidades organizada tradicionalmente aos domingos no local ser remanejada para o bairro do Bixiga.

O programa Ruas Abertas foi instituído pela gestão do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) em dezembro de 2016 e foi alvo de forte resistência de moradores do entorno da avenida Paulista, uma das 16 vias que fecham aos domingos e feriados para o trânsito de carros.

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