Fuga de presos não afeta segurança de presídios federais, diz Lewandowski
Ministro da Justiça foi a Mossoró para acompanhar investigação sobre criminosos ligados ao Comando Vermelho que conseguiram escapar da cadeia
Durante uma visita à Mossoró (RN) para acompanhar as investigações sobre a fuga de dois presos ligados ao Comando Vermelho da penitenciária federal localizada na cidade, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo, 18, que o problema será resolvido em breve e que o episódio não coloca em xeque a segurança dos presídios gerenciados pela União. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram na quarta-feira, 14. Há 5 dias a polícia procura pelos criminosos – mas sem sucesso até aqui.
“Minha presença é para mostrar que o governo federal está aqui, prestigiando as autoridades locais para que possamos resolver esse problema que surgiu. É um problema local que será superado em breve”, afirmou Lewandowski ao lado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). O ministro da Justiça chegou na cidade neste domingo e veio acompanhado por Gustavo Souza, diretor-geral em exercício da Polícia Federal.
“Isso não afeta, em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas é um problema localizado e será superado em breve com a colaboração de todos”, concluiu ele, na coletiva concedida no prédio da PF na cidade. Lewandowski não respondeu perguntas da imprensa.
Trata-se da primeira fuga de presos de presídios federais desde 2006, quando essas unidades foram criadas. Os dois fugitivos foram vistos pela última vez na sexta-feira, 16, ao invadirem uma casa a três quilômetros da unidade onde estavam.
A operação para localizar os dois presos conta com 300 agentes das forças de segurança estadual e federal, helicópteros e cães farejadores. De acordo com a investigação, Mendonça e Nascimento fugiram por meio de um buraco aberto na parede da cela. Não está descartada a possibilidade de os criminosos terem tido ajuda de pessoas do sistema prisional para que conseguissem fugir. Essa hipótese, aliás, foi abordada até mesmo pelo presidente Lula, durante sua viagem ao Egito. “É a primeira vez que isso acontece. Pode ter havido relaxamento. E nós vamos saber de quem”, afirmou o presidente.