Geraldo Alckmin: ‘Estamos preparados para enfrentar o PT’
Governador paulista voltou a falar sobre a possibilidade de privatizar a Petrobras e sinalizou que manteria atual diretoria do Banco Central
Pré-candidato à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a força do PSDB para a disputa das eleições de 2018 contra o PT, seja o candidato do partido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou outro nome. “Estamos preparados para enfrentar o PT”, disse o tucano, durante entrevista para o programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira.
Questionado se Lula teria direito de disputar a eleição, após condenação em segunda instância, Alckmin disse que isso vai depender da Justiça. “Não sei o que o Judiciário vai resolver”. Mesmo assim, Alckmin fez duras críticas à atual postura petista, que estaria “desmoralizando instituições” em um momento em que o país precisa delas cada vez mais fortes.
Alckmin também voltou a chamar de “injustas” as acusações feitas pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de que a prévia que estava sendo organizada pelo partido, que tem Alckmin como presidente nacional desde dezembro, seria uma “fraude”. Virgílio desistiu de disputar a indicação para a disputa presidencial acusando o paulista de resistir a debates e a utilizar sua atual função para influenciar indevidamente as eleições internas.
Petrobras
Marcado para sempre pelo casaco com logomarcas de estatais que usou em 2006, quando teve menos votos no segundo turno do que no primeiro, Geraldo Alckmin indica que, dessa vez, defenderá a política de privatizações do PSDB nos anos 90 e proporá novas concessões à iniciativa privada. Na entrevista à TV, ele voltou a admitir a possibilidade de privatizar a maior estatal brasileira, a Petrobras.
Ele apenas ressalvou que “é preciso discutir a modelagem do negócio”. Questionado sobre seu posicionamento de doze anos atrás, o governador paulista disse que não foi contra as privatizações, mas combateu a “mentira” do seu concorrente à época. “Meu adversário naquela época, o Lula, disse que eu iria privatizar o Banco do Brasil. Não iria e nem irei.”
Banco Central
O tucano fez elogios à gestão do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e indicou que pode mantê-lo no cargo caso seja eleito para o Palácio do Planalto. “Eu até manteria essa diretoria. Acho que o Ilan é um cara muito bom”, disse.
Ao falar sobre a crise brasileira, o governador de São Paulo disse que a dificuldade é sobretudo fiscal. “Não é possível essa gastação de dinheiro público”, defendeu. “Eu entendo que o nosso problema macroeconômico é uma boa política fiscal.”
(Com Estadão Conteúdo)