Visitas a presos que cumprem pena em cadeias federais foram restringidas para evitar a disseminação do coronavírus, segundo portaria publicada nesta segunda-feira, 16, no Diário Oficial da União.
Os presos vão poder receber visitas sociais a cada quinze dias e de advogados a cada cinco dias. As escoltas de presos também vão ser espaçadas e serão feitas a cada quinze dias. De acordo com a portaria, as medidas foram tomadas em decorrência da declaração de pandemia pelo coronavírus da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) pelo governo brasileiro.
Até este domingo, 15, o Brasil havia registrado ao menos 220 casos confirmados e 1.913 suspeitos. Um dos pacientes, um médico de 65 anos, está internado no Rio de Janeiro em estado grave com o sistema respiratório comprometido.
Para evitar o aumento no número de casos confirmados, autoridades em todo país têm estimulado as pessoas a evitar aglomerações e a sair de casa apenas em situação de necessidade. No fim de semana, o governo do Rio de Janeiro instalou alto-falantes em caminhões que circularam pela orla carioca incentivando os banhistas a saírem das praias e voltarem para casa.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou o fechamento por 30 dias de estabelecimentos de entretenimento, como teatros, cinemas e casas de espetáculo, e determinou o mesmo prazo de fechamento para as bibliotecas, museus e centros culturais estaduais. Escolas públicas e particulares de São Paulo cancelaram as aulas a partir desta segunda-feira.
O número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em todo o mundo ultrapassou nesta segunda-feira, 16, os casos registrados de Covid-19 na China. As mortes registradas fora do país asiático também excedem as contabilizadas pelo governo local.