Guardas-civis tentam barrar distribuição de sopa na Cracolândia
Após denúncia feita por padre, a situação foi regularizada e a entrega foi liberada pelo Secretário de Segurança municipal, José Roberto Rodrigues
Por Da Redação
Atualizado em 21 jul 2017, 17h29 - Publicado em 21 jul 2017, 09h46
Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
Guarda-Civis Metropolitanos (GCM) foram acusados de tentar impedir, na noite desta quinta-feira, a distribuição de sopa quente para moradores de rua e dependentes químicos da Cracolândia, na região central da cidade de São Paulo. A denúncia foi feita pelo padre da Pastoral Povo de Rua, Júlio Lancelotti.
1/24 O baiano Gilson Oliveira, 24, se cobre com diversas mantas e agasalhos para se proteger do frio. Os termômetros chegaram a marcar 7,9º C em São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)
2/24 O baiano Gilson Oliveira, 24, se cobre com diversas mantas e agasalhos para se proteger do frio. Os termômetros chegaram a marcar 7,9º C em São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)
3/24 Moradores de rua se aquecem com cobertores para se protegerem do frio. Termômetros chegaram a marcar 7,9ºC, em São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)
4/24 Termômetros chegaram a marcar 7,9ºC em São Paulo, sensação térmica atingiu 4ºC (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
5/24 Morador de rua pede agasalho no semáforo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
6/24 Dona veste ser cachorro com uma roupa para protegê-lo do frio que atingiu a capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
7/24 Além de agasalho, muitas pessoas saíram às ruas de touca para se protegerem do frio que atingiu a capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
8/24 Além de agasalho, muitas pessoas saíram às ruas de touca para se protegerem do frio que atingiu a capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
9/24 Morador de rua na região Páteo do Colégio,centro da cidade (Reinaldo Canato/VEJA.com)
10/24 Morador de rua caminha coberto por mantas na Avenida Paulista. Os termômetros chegaram a marcar 7,9º C em São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
11/24 Morador de rua se alimenta com sopa distribuída por voluntários, na região central de São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
12/24 Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
13/24 Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
14/24 Pessoas se aglomeram para receberem sopas distribuidas por voluntários na região central de São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)
15/24 Antonio Luis, 60, morador de rua há 1 ano e meio, se protege do frio somente com um cobertor. (Reinaldo Canato/VEJA.com)
16/24 Alexandre Granero, 58, idealizador do grupo Anjos da Sopa, se prepara para mais um dia de distribuição (Reinaldo Canato/VEJA.com)
17/24 Envolto por cobertores e agasalhos, morador de rua se prepara para tomar sopa distribuida por voluntários, na região central de São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
18/24 Voluntária carrega marmitas para distribuir para moradores de rua, na região central de São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)
19/24 Morador de rua se alimenta com sopa distribuída por voluntários, na região central de São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
20/24 Morador de rua recebe agasalho para se proteger do inverno. Sensação términa chegou a 4ºC nesta quarta-feira (19) na capital paulista, na madrugada mais gelada do ano (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
21/24 Voluntário rezam em uma rua do Cambuci, zona central de São Paulo, antes de distribuirem sopas para moradores de rua (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
22/24 Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
23/24 Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
24/24 Morador de rua se alimenta com sopa distribuída por voluntários, na região central de São Paulo (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
No Facebook, o padre se manifestou dizendo que “o grupo Mensagem de Paz está oferecendo sopa quente, água e acolhida na Cracolândia e estão sendo pressionados e impedidos pela GCM”. Lancelotti entrou em contato com o Secretário de Segurança Urbana da Prefeitura, coronel José Roberto Rodrigues, para resolver a situação.
O incidente ocorreu por volta das 22h. O secretário confirmou ter recebido o telefonema do padre e afirmou ter telefonado para o inspetor responsável pelo trabalho da Guarda Civil na região para liberar a entrega das refeições.
A Assessoria de Imprensa da Prefeitura se manifestou sobre o ocorrido dizendo que “O episódio envolvendo a GCM na noite passada, além de o secretário de Segurança Urbana, José Roberto de Oliveira, ter autorizado de imediato a distribuição de alimentos, o prefeito João Doria determinou às secretarias envolvidas a revisão de toda a regulamentação municipal a respeito da distribuição gratuita de alimentos manipulados na cidade. O prefeito determinou ainda que não sejam impostas restrições à doação de alimentos a pessoas em situação de rua ou dependentes químicos.”
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“Falei com o inspetor que estava lá para deixar distribuir. O padre me ligou dizendo que o pessoal estava lá. Existe decreto de que o alimento manipulado não poderia ser (entregue), mas como é uma igreja e o pessoal está empenhado em relação ao frio, eu falei para o inspetor: ‘Libera aí a sopa”.
Segundo Rodrigues, tudo foi resolvido, e as ações da GCM foram intensificadas para diminuir “o sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade” e viaturas estão fazendo rondas para auxiliar essas pessoas. O coronel completa dizendo que a Defesa Civil da área está orientada a entregar cobertores e a convencer as pessoas a irem para albergues.
Jatos d’água
O caso ocorreu um dia depois de reportagem da Rádio CBN relatar que moradores de rua foram acordados com jatos d’ água na Praça da Sé, o que a prefeitura nega. O prefeito João Doria (PSDB) disse que empresas terceirizadas, “de forma inadvertida”, molharam alguns cobertores. Segundo ele, as prestadoras de serviço foram orientadas a tomar mais cuidado.
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“Toda manhã às 6h, as áreas da cidade são limpas, mas [pedimos] que [as empresas] redobrem o cuidado para não prejudicar nenhum tipo de equipamento, sobretudo cobertores das pessoas em situação de rua. Quero aproveitar para esclarecer também que não houve jato d’água em ninguém. Não tem o menor cabimento, nós apuramos isso, não houve essa situação, até porque se houvesse, certamente, com o advento do celular, alguém teria feito essa imagem e ela não foi feita porque isso não existiu. Na limpeza do chão alguns cobertores foram molhados.”
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