O incêndio que atingiu uma Área de Preservação Ambiental (APA) no distrito de Alter do Chão, localizado a cerca de 37 quilômetros de Santarém (PA), foi controlado no começo da tarde desta terça-feira, 17. O fogo, que começou no sábado, 14, pode ter origem criminosa. Um dos brigadistas de Alter, Daniel Gutierrez, afirmou que “a situação foi resolvida”, mas as equipes continuarão no local para monitorar uma possível volta do incêndio.
Na sábado, o céu de Alter do Chão ficou vermelho por causa de uma grande queimada em uma área de preservação próxima ao local. Os moradores, no entanto, contaram a VEJA que não ficaram tão assustados com a cena por causa da frequência com que incêndios vêm acontecendo na região. O distrito, que conta com 3.562 habitantes, é um dos principais destinos turísticos do estado, na Floresta Amazônica.
O incêndio de grandes proporções chegou a ser controlado no domingo, mas um novo foco foi identificado ao fim do dia em uma ilha próxima a Ponta de Pedras. O local é de mata fechada e de difícil acesso. Por estar perto do rio, o vento típico da região facilita que as chamas se espalhem. Com a chegada das estações mais quentes, o clima seco também é considerado um fator crítico.
O Estado do Pará pediu ajuda ao governo federal para controlar o incêndio. Brigadistas, soldados do Exército e uma equipe de 227 militares atuam na região. Soldados que estavam de folga também foram acionados. A primeira equipe a chegar ao local foi a Brigada de Alter, um grupo de brigadistas voluntários que atuam na região amazônica.
A causa do incêndio ainda não é conhecida, mas a Polícia Civil do Pará trabalha com a suspeita de que o fogo tenha origem criminosa. Foi criada uma força-tarefa na região para investigar a causa.