Cerca de 35 milhões de reais foram retirados de contas bancárias vinculadas a João de Deus no último dia 12 de dezembro, quando já eram conhecidas as primeiras denúncias de abuso sexual contra o médium. As informações são do jornal O Globo, que afirma, ainda, ter sido essa movimentação suspeita um dos principais motivos que levou o Ministério Público e a Polícia Civil do estado de Goiás a acelerarem o processo para pedir sua prisão.
João de Deus é considerado foragido pela força-tarefa que o investiga. Seu advogado, Alberto Toron, declarou que o médium se entregará espontaneamente às autoridades – porém não precisou em qual data.
A quantia de 35 milhões de reais teria sido retirada de investimentos que o médium possui em seu nome em instituições bancárias. O MP de Goiás afirma que a polícia não obteve sucesso ao tentar encontrar o médium em seus endereços e que “o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão, a despeito das tentativas de negociação com a defesa”. A prisão preventiva de João de Deus foi decretada na sexta-feira (14).
A Polícia Civil de Goiás, que afirma ter procurado o médium em mais de vinte endereços, acredita que ele não esteja no estado.
Desde o último dia 7, mais de 300 mulheres procuraram a força-tarefa que investiga o líder espiritual para denunciá-lo. João de Deus também é acusado pela própria filha, Dalva Teixeira, de abuso sexual. Em entrevista a VEJA, ela contou que os abusos começaram quando ela tinha 10 anos. “Ele é um monstro. Um pai que transa com a própria filha é um monstro”, disse.