Uma jovem de 18 anos foi presa, suspeita de matar e mutilar o irmão de 5 anos em um suposto ritual de magia negra, na noite desta quinta-feira, 4, em São Roque, interior de São Paulo. O crime aconteceu na casa da família, no bairro Gabriel Piza. A criança foi encontrada morta, com várias queimaduras pelo corpo.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe havia saído, deixando a irmã mais velha tomando conta do irmão menor. Quando a mulher voltou, encontrou a casa trancada e a filha se negava a abrir. Ela só conseguiu entrar depois que a porta foi arrombada por um cunhado que mora próximo.
A cena chocou a família. O corpo da criança estava no chão do quarto e tinha ao redor várias velas acesas. O menino teve os olhos perfurados e o pênis mutilado — a irmã teria comido o órgão genital. O cunhado disse que a garota estava agressiva e arremessou objetos contra os familiares. Ele foi atingido por uma pedrada. A jovem precisou ser contida pelos policiais militares, chamados pela família.
A suspeita do crime foi levada para a delegacia da Polícia Civil e, após ser autuada por homicídio, a jovem foi encaminhada para a cadeia feminina de Votorantim, cidade da região. Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil fizeram levantamentos na casa. Um celular queimado, provavelmente pela garota, um cartão de memória, um canivete e uma porção de maconha foram apreendidos.
O corpo do menino passou por necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba. Exame preliminar indicou que a criança estava morta quando sofreu a mutilação. Conforme a Polícia Civil, aparentemente a jovem usou um travesseiro para matar o irmão por asfixia e, em seguida, vilipendiou o corpo.
O escrivão Anderson Goes disse que o celular e o cartão da memória serão enviados para perícia para que o conteúdo seja analisado. A investigação quer apurar se a jovem participava de algum grupo de satanismo ou magia negra pelas redes sociais e se houve incentivo de alguém para a prática do crime.
Karina passou por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira, 5, e continua presa. O corpo do menino foi velado em São Roque. Nenhum familiar quis comentar o caso. O defensor público que acompanhou a audiência informou que, por ora, não iria se manifestar.