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Justiça de Angola decreta o fechamento de mais templos da Igreja Universal

Prédios localizados em pelo menos quatro regiões foram interditados por autoridades policiais ao longo deste domingo, 20

Por Redação
Atualizado em 21 set 2020, 15h30 - Publicado em 21 set 2020, 09h06
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  • A suspensão vale a partir da meia noite desta quarta-feira, dia 21.
    Grupo em prédio ocupado de Luanda: gritos de justiça e hasteamento da bandeira nacional - (Igreja Universal Angola/Divulgação)

    A Justiça de Angola decretou o fechamento de templos da Igreja Universal localizados em mais quatro regiões do país. Segundo a agência Lusa, de Portugal, as autoridades policiais encerraram ao longo deste domingo, 20, as atividades de prédios Kilamba, Estalagem, KM 30 e Samba. Este foi o primeiro fim de semana em que foram autorizados cultos religiosos no país desde a eclosão da pandemia de Covid-19.

    Em agosto, sete templos da Igreja Universal foram fechados a mando da Justiça na capital Luanda. As medidas são fruto de uma investigação iniciada no final de 2019 que apura se a instituição comandada pelo bispo brasileiro Edir Macedo cometeu irregularidades, que vão desde discriminação racial e imposição de vasectomia a evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

    Em comunicado enviado à Lusa, representantes da Universal disseram que foram surpreendidos pela decisão judicial e que os policiais atuaram “de forma truculenta e excessiva, cerceando os membros e fiéis que, na ocasião, estavam exercendo seu direito de liberdade de culto”. Ainda segundo a Universal, os agentes não portavam nenhum mandado ou documentação que comprovasse a legalidade da operação.

    Instalada no país desde 1992, a Igreja Universal em Angola enfrenta um confronto entre dois grupos antagônicos – um, formado por brasileiros e angolanos ligados a Edir Macedo e ao líder em Angola, o bispo Honorilton Gonçalves; e o outro, de pastores angolanos dissidentes que se autointitulam a “comissão reformada” da Universal e são comandados pelo bispo Valente Bezerra Luís.

    No fim de julho, o segundo grupo publicou a ata de uma assembleia-geral no Diário Oficial do país, “formalizando” a destituição da liderança brasileira da instituição religiosa. O grupo pró-Macedo reagiu dizendo que o documento “não tem validade nem legalidade”. E o conflito pelo comando da igreja, que arrecada uma soma considerável de milhões de reais dos fiéis, ainda continua.

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    Ainda em julho, o presidente Jair Bolsonaro se envolveu pessoalmente na questão, ao enviar uma carta ao presidente de Angola, João Manuel Lourenço, manifestando “preocupação” com os “recentes episódios” e pedindo uma proteção maior aos membros brasileiros da igreja, “a fim de garantir sua integridade física material e a restituição de propriedades e moradias”. Bolsonaro tem o bispo Edir Macedo como um de seus maiores aliados no segmento evangélico. O Congresso Nacional também se envolveu e passou a planejar uma viagem oficial ao país, em setembro, para verificar as denúncias de violência contra os pastores brasileiros.

    Apesar da intervenção de Bolsonaro e do Parlamento brasileiro no conflito, o governo angolano manteve as investigações e tem insistido em dizer que o impasse não é de ordem política, mas jurídica. O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, reforçou recentemente que o problema não deve avançar para o plano diplomático. “O que se nota muitas vezes é tentar esconder o essencial: problema interno, de gestão, um problema que opõe alas internas dentro da igreja e transformar isto num problema político, que não é”, disse ele à imprensa local.

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