A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo manteve a condenação do presidente do PRTB, Levy Fidelix, que foi multado por “prática de discriminação homofóbica” durante um debate das eleições presidenciais de 2014. A denúncia de discriminação homofóbica contra Fidelix foi formulada pela Coordenação de Política para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo. Como multa, Fidelix deverá pagar 25.070 reais, valor calculado em 1.000 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP), cujo valor em 2017 é de 25,07 reais.
Durante o debate de 2014, a então candidata Luciana Genro (PSOL) perguntou a Levy Fidelix quais políticas adotaria, caso eleito, para defender os direitos da chamada comunidade LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Na resposta, o candidato do PRTB associou a homossexualidade a pedofilia e doenças mentais, fez uma espécie de conclamação da maioria para um “enfrentamento” da minoria sexual e disse: “aparelho excretor não reproduz”.
“Então, gente, vamos ter coragem. Nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer ‘sou pai, uma mãe, vovô’, e o mais importante é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá”, declarou.
“Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar – fez muito bem – do Vaticano um pedófilo”, afirmou o candidato.
(com Estadão Conteúdo)