A mãe da jovem de 16 anos que foi morta a tiros dentro de uma escola em Goiás na segunda-feira, 6, Rosangela Cristina, disse que já tinha ligado para o assassino no ano passado pedindo para que ele deixasse a filha em paz e que, se ele não fizesse isso, ela chamaria a polícia. Raphaella Novinski foi vítima de Misael Pereira Olair, de 19 anos, que invadiu o colégio, entrou na sala de aula e disparou onze vezes no rosto da adolescente.
“Depois que minha filha recusou um presente dele, ele continuou incomodando a Raphaella na escola. Ela vivia reclamando dele para mim”, afirmou Rosangela em entrevista a VEJA. “Até que um dia eu liguei para ele pedindo para que parasse de incomodá-la, porque se não eu chamaria a polícia”.
Em depoimento à polícia, Misael disse que decidiu matar a menina porque “sentia ódio dela”. Ele foi aluno do Colégio Estadual 13 de Maio, onde Raphaella também estudava até o ano passado. Misael relatou ter conhecido a menina pelo Facebook e que morava próximo a ela em Alexânia.
Segundo Rosangela, a filha tinha dito a ela que não queria namorar Misael e classificava o rapaz de “obcecado” e “louco”. “’Mãe, eu não quero nada com ele. Ele parece louco, é obcecado’. Era isso que ela me falava dele”’, afirmou.
A mulher disse que participou da audiência de custódia, na qual a Justiça decidiu pela prisão preventiva de Misael. Rosangela relatou que o rapaz permaneceu o tempo todo de cabeça baixa. “Ele destruiu a minha família. É um monstro. Um assassino. E vai pagar pelo que fez”, afirmou.