Oito pessoas ficaram feridas durante as manifestações ocorridas durante a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Curitiba para cumprir a pena de 12 anos e um mês à qual foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Três dos oito feridos são crianças, um é policial militar e os demais são manifestantes favoráveis ao ex-presidente. Segundo o comando da Polícia Militar (PM), todos sofreram ferimentos leves e foram atendidos no local, mas três tiveram de ser encaminhados ao Hospital Evangélico.
Entre os que foram para o hospital está uma criança que bateu a cabeça.
Após as mobilizações favoráveis e contrárias ao ex-presidente, o comandante do 20° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, que coordenou a operação, considerou bem-sucedida a ação policial.
Questionado sobre o uso de bombas contra manifestantes, Carmo disse que houve duas explosões no meio dos manifestantes. “Eles explodiram duas bombas no chão. E, pelo efeito das explosões, eles avançaram contra o portão da Polícia Federal (PF), e esta, por sua vez, os repeliu”, disse o tenente-coronel.
De acordo com Carmo, após a explosão das bombas da PF, os manifestantes correram para todos os lados, e a PM usou balas de borracha para evitar a aproximação entre os grupos com ideologias diferentes.
Perguntado sobre rojões lançados por grupos contra o ex-presidente, que caíram no estacionamento do prédio da Polícia Federal, o comandante respondeu que não poderia se posicionar, já não viu o material.
Proibição
A Justiça do Paraná determinou que os manifestantes não permaneçam no entorno da sede da Polícia Federal em Curitiba.
O pedido foi feito pela Prefeitura da capital paranaense. O juiz Ernani Mendes Silva Filho justificou a decisão para “evitar confrontos que podem levar a dezenas de feridos e depredação do patrimônio público e privado”.
O requerimento judicial ocorre em razão da transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sede da PF, no bairro Santa Cândida.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)